domingo, 12 de dezembro de 2010

Como circula o seu dinheiro


Imagem: arquivo pessoal Feira da Beira Mar  - Fortaleza - CE




É inevitável conversar sobre dinheiro, já que o utilizamos todos os dias.
Às vezes mais, às vezes menos, mas estamos sempre colocando o dinheiro para circular e isto é muito importante para movimentar a economia de um país.

Observe durante as viagens de férias como o dinheiro circula e atravessa fronteiras.
Em cidades turísticas, onde há muitos estrangeiros inclusive, é interessante observar o movimento do dinheiro e, por isso, entender que o incentivo ao turismo é importante para o nosso país. 

Sempre há uma feirinha de artesanato regulamentada na orla das praias ou mercados centrais que dependem muito desse incentivo para que o dinheiro possa circular e movimentar a economia local. Observe.

De forma geral, quando o dinheiro circula, melhores oportunidades estão sendo criadas para todos, já que todos se sentirão seguros com relação ao dinheiro e também colocarão o dinheiro para circular sem medo e com pensamento de abundância.
No caso inverso, quando o dinheiro circula de forma limitada e as pessoas acreditam que é melhor esperar um pouco e não colocar o dinheiro para circular, um processo em cadeia acontece, já que com pouco dinheiro circulando a economia fica estagnada e, desta forma, há um impacto geral (pode crer, seu dinheiro faz falta). 

Entende porque a alta dos juros preocupa ?

Por isso, um bom planejamento de vida é importante.

Não devemos ter medo de lidar com o dinheiro, mas devemos aprender a conhecer como ele funciona e a administrá-lo, assim, poderemos aproveitar todos os momentos de nossa vida sem temer o presente ou o futuro.

Para ilustrar como o dinheiro circula, deixo essa história simples para leitura e espero que todos aproveitem muito estas férias de verão.

O dinheiro e a Economia

Um viajante chega numa cidade e entra num pequeno hotel.
O mesmo saca duas notas de R$ 100,00, põe no balcão e pede para ver um quarto.

Enquanto o viajante inspeciona os quartos , o gerente do hotel sai correndo com as duas notas de R$ 100,00 e vai até o açougue pagar suas dívidas com o açougueiro.

Este pega as duas notas e vai até um criador de suínos a quem também deve R$ 200 e quita a dívida.

O criador, por sua vez, pega também as duas notas e corre ao veterinário para liquidar uma dívida de... R$ 200.

O veterinário, com a duas notas em mãos, vai até o farmacêutico quitar sua dívida que era de R$ 200.

O farmacêutico sai com o dinheiro em direção ao hotel para pagar pelo empréstimo que havia realizado com o dono do hotel. Valor total da dívida: 200 reais. Ele avisa que está pagando a dívida e coloca as notas em cima do balcão.

Nesse momento, o viajante que inspecionava os quartos retorna, pega as duas notas de volta, agradece e diz não ser o que esperava, saindo do hotel.

Ninguém ganhou nenhum centavo, porém agora toda a cidade vive sem dívidas, com o crédito restaurado e começa a ver o futuro com confiança!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Educação financeira: por que não aprendi isso antes?


Imagem: dreams time

“Um sábio passeava pelo parque, quando um homem aproximou-se e disse:
- Hoje pela manhã meu filho me pediu dinheiro para comprar algo que custa caro. Devo atendê-lo, mestre?

- Se não for uma situação de emergência, aguarde uma semana antes de comprar o que ele pediu, sem garantir se vai ou não fazê-lo.

- Mas se tenho condições de atendê-lo agora, por que esperar?

- Fará grande diferença, respondeu o mestre. As pessoas só dão o real valor a algo quando têm a oportunidade de duvidar se irão ou não consegui-lo, ou se poderão ou não perdê-lo”.

Apesar de a educação financeira ser o melhor caminho para o sucesso financeiro, poucos pais se lembram disso ou são capazes de educar seus filhos a lidar com dinheiro, deixando um grande vazio na formação deles. Não vou por em discussão a maneira como cada um deve educar filhos. Quero apenas reforçar a importância de inserir no contexto esse importante assunto, desde a infância. Uma boa maneira de evitar que as crianças tenham dificuldades no futuro para lidar com a falta de dinheiro, seria ensiná-los a entender esse assunto, desde pequenos. Mas há uma alternativa melhor. A melhor coisa a fazer, seria evitar que eles tenham esse tipo de dificuldade, ensinando-os a economizar e a poupar desde a infância. Melhor do que saber lidar com falta de dinheiro é aprender a evitar ficar sem dinheiro.

É com essa visão que apresento este artigo. Quebrar o tabu de falar sobre finanças é um importante passo para criar uma geração melhor preparada para lidar com esse tema. Entre muitos livros que abordam esse assunto, existe uma série famosa que diferencia o tipo de educação passada por Pais Ricos e Pais Pobre a seus filhos, a qual apresenta abordagens interessantes. Independente da visão defendida pelos autores – a dos pais ricos, obviamente, é de se destacar a importância de ponderar as duas visões. É um interessante alerta para as decisões financeiras – e as decisões pessoais por detrás delas. Deixando de lado aquela mania maniqueísta de americanos, de classificar pessoas como vencedores ou perdedores, é válida a abordagem que valoriza o ensinamento de pais para filhos. É no ambiente familiar que deve ser despertado o interesse pelos assuntos financeiros. A falta de discussão em família pode deixar uma lacuna na educação dos filhos. Até porque, infelizmente, a maioria das escolas também não ensina a lidar com esse assunto, apesar de fazer parte do nosso cotidiano durante toda nossa vida.

Muitas pessoas adotam modelos semelhantes aos observados em casa. Os padrões familiares tendem a se repetir. Crenças monetárias são absorvidas por “osmose”, pela observação dos exemplos domésticos, de maneira mais forte do que eventuais conselhos passados de pais para filhos. Deixar um patrimônio imobiliário ou financeiro para os filhos não vai garantira tranqüilidade financeira deles, a menos que você também deixe como legado uma sólida educação financeira. Aliás, arrisco-me a dizer que o segundo fator é até mais importante do que o primeiro.

“[...] Conselhos de pais sobre dinheiro, geralmente bem-intencionados, são as informações mais influentes que recebemos acerca do assunto. Para acriança que fomos, não se tratou apenas da opinião de seres humanos falíveis quanto à realidade do mundo. Acreditamos nas mensagens daquelas conversas francas com mamãe e papai mais piamente do que se nos tivesse sido entregues por Deus em tábuas de pedra.[...]Dra.Victoria Felton-Collins.

Há muitos autores, como o Dr.Axel Capriles, que afirmam ser já na infância que as crianças percebem a relação do dinheiro com o nosso cotidiano. Portanto, não há dúvidas que ser preparado desde a infância para lidar com o dinheiro – elemento onipresente em nossa vida, viabilizará uma melhor relação como dinheiro na vida adulta.

“[...] As investigações empíricas sobre a gênese e o conceito do desenvolvimento do dinheiro para crianças, apontam que a noção mais primária da economia infantil é a imagem do dinheiro como símbolo da relação, vinculado à obtenção do prazer e a satisfação das necessidades e desejos [...] conseguem compreender a utilidade do dinheiro na compra de doces e chocolates”.[...] Axel Capriles

Não se sabe ao certo o motivo de judeus e árabes aparentemente terem mais sucesso financeiro do que pessoas de outras origens. O certo é que, apesar das grandes diferenças, ambos compartilham de comportamentos comuns às pessoas que sabem lidar com dinheiro. O fator cultural é fundamental nesse processo. Ainda que as crianças não recebam orientação formal a respeito na escola, com certeza são influenciadas por um ambiente familiar e comunitário que cultua tradições milenares de respeito e apreço ao “massari” (dinheiro, em árabe). Talvez essa seja a diferença. Aproveite os ensinamentos milenares. Crie em casa um ambiente favorávelà cultura financeira. É a melhor escola de finanças que seus filhospodem ter.

Considero positivas algumas experiências vividas por pré-adolescentes na busca de dinheiro extra. Iniciativas que ainda hoje são vistas, principalmente no interior, onde crianças montam postos de venda ou troca de revistas usadas, figurinhas, limonada, doces, serviços de jardinagem, artesanato e outras tantas que a mente juvenil desenvolve. Mesmo como brincadeira, são boas oportunidades parao amadurecimento financeiro. Minha sugestão seria apoiar essas experiências.

Alguns amigos e clientes com os quais abordei esse assunto, levantaram questionamentos sobre a forma de abordagem e o que se deveria esperar ao tratar o tema finanças com crianças e adolescentes. Procurei reunir e agrupar características observadas que podem contribuir com a formação de uma geração mais consciente e mais madura financeiramente, em contra-ponto ao consumismo desenfreado percebido em certos grupos.

Responsabilidade – Ao passar princípios de responsabilidade aos filhos, deve-se aproveitar para ensinar também sobre a responsabilidade de uso do dinheiro:

» Não se deve gastar tudo que se ganha.
» Não se deve assumir compromissos financeiros que não se possa cumprir.
» Dinheiro se guarda em lugar seguro.
» Primeiro se garantem as receitas, para depois realizar as despesas.
» Quem não tem reserva financeira, sempre paga mais caro quando precisa de dinheiro.
» Quem não sabe quanto gasta, sempre gasta mais do que precisa.

Independência – Ajude seus filhos a criar independência financeira. Estabeleça uma quantia fixa por mês ou semana (mesada) que seja suficiente e razoável para as necessidades deles. Faça com que se adaptem a esse valor. Até os 14 anos, é melhor pagar a mesada com intervalos menores (semanal ou quinzenal). A partir dessa idade, aumente o intervalo até coincidir com sua fonte de renda, preferentemente mensal, com dia fixo. A partir de uma certa idade, peça para que paguem pessoalmente as próprias despesas, mesmo que seja com seu dinheiro (academia, curso de inglês, mensalidades, etc.).

Estimule-os a controlar algumas contas domésticas. Abra uma conta de poupança em nome deles. A partir dos 16 anos, ajude-os a abrir também uma conta corrente.

Liderança - Para que seus filhos sejam preparados para ser bons chefes de família (homens ou mulheres), permita que participem das discussões sobre as finanças da família. Não espere grandes contribuições. Tampouco é necessário que eles conheçam todos detalhes. Faça pelo menos que fiquem informados sobre a situação financeira da família, e como se lida com esses assuntos no dia-a-dia, especialmente nos momentos de aperto. Isso pode ajudar a enfrentar eventuais momentos de crise.

Lembre-se de que o exemplo é o melhor ensinamento. Os filhos têm tendência de se espelhar nos pais. Dê bons exemplos de gestão financeira familiar e permita que compartilhem com você. Talvez seja a melhor oportunidade da vida deles para aprender a lidar com dinheiro. Deixe que aprendam também com eventuais erros. A pior crise é aquela que não deixa ensinamentos.

Adaptação - Para que aprendam a se adaptar mais facilmente à vida, ajude-os aperceber mudanças nas condições financeiras da família, o mais rápido possível. Não esconda o jogo, principalmente se a mudança for para pior. Quanto mais tarde todos se adaptarem a um novo padrão, piores serão as conseqüências. A tempestividade dos ajustes pode evitar desequilíbrios entre receitas e despesas.

Poupança – Para ensinar a poupar, dê exemplo e motivação. Evite comprar tudo que pedem, ainda que você possa. Motive-os a fazer escolhas. Faça com que elejam prioridades. Facilite para que juntem as próprias economias. Comece pelos cofrinhos e valorize cada centavo poupado. Procure estabelecer metas e contribua para que os objetivos sejam alcançados, sempre com pequenas doses de esforço. Se for possível, faça depósitos de reforço quando alguma meta for atingida.

Adversidades – Para ensinar crianças a lidar com as adversidades financeiras, aproveite para fazê-lo quando você tiver opção. Dizer não às vezes é difícil, mas em se tratando de dinheiro, é necessário e pode ser muito útil. Pais que satisfazem todos os desejos de consumo dos filhos acabam gastando muito. Às vezes mais do que podem. Se essa prática se prolongar, as reservas podem se consumir e o “não” deixará deser uma opção, será uma necessidade. É mais fácil administrar as negativas e concessões enquanto se pode, do que em situações de escassez.

Habilidade - Para que seus filhos desenvolvam habilidades negociais, dê-lhes oportunidades e estímulos. Negociação é uma arte que se desenvolve desde pequeno. Lembre-se de que na vida estamos freqüentemente negociando.

Ética –A relação das pessoas com o dinheiro é um ótimo parâmetro para aferição da ética. De acordo com a Dra.Victoria Felton-Collins, por volta dos dez a doze anos, o ser humano já adota as posturas e valores básicos em relação ao dinheiro. Sabemos que essa fase é das mais importantes para a formação da personalidade. Sendo assim, a educação financeira pode ser uma excelente oportunidade para tratar esse assunto e incutir nas crianças valores éticos e morais.

Dica
É comum ouvir que a educação de berço é a mais importante. Se isso realmente é verdade, vamos potencializar essa oportunidade. Introduzir Educação Financeira na família pode não garantir riqueza ou fortuna, mas certamente vai contribuir para evitar apertos e desacertos financeiros no futuro para a nova geração.

Autor: Álvaro Modernell



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Eu prefiro ser essa Metamorfose Ambulante



Esta foi a notícia que mais me deixou chocada depois que eu descobri que Papai Noel e Coelho da Páscoa não existem.

Como nosso cérebro é tendencioso e sempre acredita em tudo o que nos dizem ou no que lemos, tenho por hábito buscar informações que comprovem os fatos.

“Nunca acredite em tudo o que eu lhes digo. A minha verdade pode não ser a sua.”, falo aos meus alunos, porque acho importante que eles experimentem por eles mesmos o significado de plasticidade neuronal e sobre poder sempre aprender coisas novas, formar novas sinapses (imagine fogos de artifício na virada do ano. É isso.) e buscar novas verdades com base no conhecimento deles. “ Penso, logo existo.”

O cérebro A-DO-RA uma novidade.

Depois que li o artigo abaixo, não foi diferente e acabei descobrindo mais coisas interessantes.

Como trabalhamos a educação com base na neurociência, este é um dos temas que me atrai bastante e algumas coisas eu já conhecia e algumas outras coisas interessantérrimas e escritas do jeito que o nosso cérebro gosta de ler me prenderam à leitura (fogos de artifícios) e partilho com vocês, antes de contar a máxima do dia.

Suzana Herculano-Houzel autora dos livros O Cérebro Nosso de Cada Dia - Descobertas da Neurociência sobre a Vida Cotidiana(2002), Sexo, Drogas, Rock'n'Roll & Chocolate - O Cérebro e os Prazeres da Vida Cotidiana (2003), O Cérebro em Transformação (2005) e Por que o Bocejo é Contagioso? e Outras Curiosidades da Neurociência do Cotidiano (2007)

http://vetneuro.wordpress.com/

http://www.azzarellogroup.com/blog/2010/07/29/your-brain-on-stress/

Goleman, Daniel – Inteligência Emocional

www.cidadedocerebro.com.br

Finalmente, a resposta mais simples que eu precisava encontrar depois de tanta neurociência, veio de um trecho do livro “ Comer, Rezar, Amar” , de Elizabeth Gilbert.

…People universally tend to think that happiness is a stroke of luck, something that will maybe descend upon you like fine weather if you are fortunate enough. But that's not how happiness works. Happiness is the consequence of personal effort, [...] and once you have sustained a state of happiness, you must never become lax about maintaining it…

(tradução livre) ...As pessoas tendem a pensar universalmente que a felicidade é um golpe de sorte, algo que talvez lhe aconteça se você tiver sorte suficiente, como o tempo bom. Mas não é assim que a felicidade funciona. A felicidade é consequencia de um esforço pessoal.(...) e você precisa participar o tempo todo das manifestações de suas próprias bênçãos. E, uma vez alcançado um estado de felicidade, você nunca deve relaxar em sua manutenção....

Agora, sim, o artigo que me levou a pesquisar tudo isso e ficar encantada com mais um pouco.

Ao final das contas (lá vem a matemática), foi bom pra mim e espero que seja valioso para você também.

Texto original: http://darrenhardy.success.com/2010/11/to-be-great-be-grateful
Tradução livre: Silvia Alambert

Você sabia que o seu cérebro NÃO foi desenhado para te fazer feliz? Sei que isso parece ser alarmante para você, mas seu cérebro tem uma única função primária – mantê-lo vivo (* por conta da amígdala cerebral que não evolui desde os tempos das cavernas). Seu cérebro é programado especificamente para se concentrar em coisas negativas.

Isto é um problema caso você deseje amar, prosperar e ser feliz – aquelas coisas além da questão da segurança.

Deixando-o sem orientação, seu cérebro vai te cozinhar para buscar por eventos negativos (* no caso de muitos telejornais e tramas de novelas, eu chamaria de “ desgraças”) durante o dia, todos os dias de sua vida. O enigma é – aquilo que você pensa é o que acontece. Onde você concentra sua atenção é para onde ela vai, para onde sua energia flui, o rumo que a sua vida toma.

(* quer pior do que encontrar um colega no café e você pergunta: “ Oi. Está tudo bem?” e a pessoa começa: “ Menina, estou tão desanimada. Deixa eu te contar a última que o fulano aprontou comigo...” ou “ Nossa estou com uma alergia que é um sofrimento e não sei de onde vem e não estou aguentando e vou ter que ir ao médico e blá blá blá ...” Pronto. Acabou sua energia e seu cérebro também começa a pensar em coisas desgraçadas para você poder participar da conversa. Inacreditável mesmo a facilidade com que o cérebro rapidamente encontra uma desgraça. E quando a gente ainda começa a se coçar junto...).

Aqui é que entra o poder da gratidão. Se você quer direcionar sua vida para coisas positivas, você tem que direcionar sua mente para aquilo que é positivo e forçá-la a focar naquilo que você se sente grato.

Se você quer se sentir bem, você tem que focar na gratidão. Você pode mudar qualquer situação na sua vida simplesmente redirecionando sua mente para focar no que você julga ser certo, ao invés de focar no que você julga que é errado.

(* O Prof. Luiz Machado dá um exemplo até engraçado sobre isto. Ele diz que normalmente a pessoa quando faz uma oração ela pede assim: “ Senhor, proteja o meu dia. Não deixe que nada de mal me aconteça, não deixe que eu seja atropelado, não...”. Ele diz que com base nesta oração, a pessoa atrai tudo de ruim, porque o quadro mental enquanto ora, é o de se imaginar em situações que possam lhe acontecer, inclusive de se ver sendo atropelada. Deveria orar alterando o estado negativo do cérebro para um estado positivo).

Eu tenho um Desafio da Gratidão para você: Meu desafio é que você pense em uma área de sua vida que você encontra alguma dificuldade e tem o desejo de melhorá-la. Pelos próximos 21 dias, ao final de cada dia, invista 3 minutos e escreva sobre uma situação que você julga problemática na sua vida, mas de forma positiva e a qual você seja grato (* oops, parece difícil ? Claro, se o cérebro só pensa em coisa negativa normalmente... mas insista com ele para achar coisas positivas até nas situações negativas). Pode ser um colega de trabalho, seu emprego, uma situação no casamento..qualquer coisa ou qualquer pessoa que lhe cause frustração ou lhe afete de forma negativa.

Eu lhe afirmo que quando você mudar o seu olhar sobre a situação, a situação muda junto.

Quem está pronto para este desafio simples? Mãos à obra. Ler este blog não irá lhe ajudar. Como Johann Von Goethe disse, “ O saber sozinho não é suficiente; nós precisamos aplicá-lo.” Idéias que não são praticadas não tem utilidade alguma. Idéias executadas tem o poder de mudar o mundo – particularmente o seu.

Experimente o desafio. Não por mim, mas por você. Você tentará ? 3 minutos por dia durante 21 dias. Quem fará? Declare na seção de comentários que você tentará e que você estará comprometido em ser grato durante os próximos 21 dias. Não seja um “lurker” (* sem significado exato para o português, mas o mais próximo seria a pessoa que acompanha blogs, fóruns de notícias, faz parte de redes sociais, mas que nunca se manifesta. Tipo um “ observador”) silencioso, encoraje outras pessoas partilhando sua declaração na seção de comentários.

(*) minhas colocações

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O toque de Ouro

Imagem: http://www.dreamstime.com/
Iniciar a educação financeira de crianças contando histórias para que trabalhem os aspectos comportamentais e emocionais dos personagens envolvidos é sempre uma excelente alternativa para que possam compreender que as decisões emocionais precipitadas podem causar transtorno de toda ordem.

As histórias trabalham o imaginário das crianças , fazendo com que elas se coloquem na situação narrada e levando-as a reflexão da situação vivida pelos personagens apresentados.

No caso de crianças menores, se houver a possibilidade de trabalhar com elementos artísticos, tais como fantasias, fantoches e acrescentando a isso a emoção na narrativa, tornará a história mais rica e mais próxima do real.

Soma-se a isso tudo, o passeio pelo lado direito do cérebro (a criatividade), o ganho de vocabulário que toda a literatura traz, além da compreensão daquilo que está sendo lido ou narrado. Deixe-a contar livremente a história que acabou de ouvir.

Temos trabalhado com crianças e jovens em sala de aula a literatura voltada ao universo financeiro e empreendedor e lhes proporcionado momentos prazerosos de aprendizagem através da dramatização.

Experimente esta viagem fantástica com seus filhos e navegue no mundo da fantasia real.

Para começar, uma estória sobre a ganância.

O REI MIDAS
O toque de Ouro

Era uma vez um rei muito rico chamado Midas.

Ele possuía mais ouro do que qualquer outro no mundo inteiro, mas ainda assim não estava satisfeito. Nada o deixava mais feliz do que conseguir acrescentar um pouco mais à sua riqueza.

Mantinha-o todo guardado em enormes cofres nos subterrâneos do palácio, e passava muitas horas por dia contanto e recontando seu tesouro.

O Rei Midas tinha uma filhinha chamada Áurea.

Amava-a com verdadeira devoção, e dizia: "Ela será a princesa mais rica do mundo!"

Mas a pequena Áurea nem se importava com isso. Adorava seu jardim, as flores e o sol, mais do que a riqueza do pai. Ficava sozinha a maior parte do tempo, pois o pai estava sempre ocupado, buscando novas formas de conseguir mais ouro, e contando o que já possuía, de tal sorte que quase nunca tinha tempo para contar-lhe histórias ou passear, conforme deveriam fazer todos os pais.

Um dia, o Rei Midas estava na sala do tesouro nos subterrâneos do castelo.
Havia trancado as pesadas portas do aposento e aberto os enormes baús.
Despejou todo o conteúdo sobre a mesa e pôs-se a brincar com o ouro como se o simples toque o deixasse satisfeito.
Fazia-o escorrer entre os dedos e sorria ao ouvir o tilintar das peças, qual doce melodia. De repente, uma sombra se projetou sobre a pilha de objetos. Ao levantar os olhos, deu com um estranho trajando roupas brancas brilhantes e sorrindo para ele.
Soergueu-se, surpreso. Não se esquecera de trancar as portas! O tesouro, então, não estava seguro! Entretanto, o estranho continuou sorrindo.

- Vossa Excelência tem muito ouro - disse ele.

- Tenho, sim - disse o rei -, mas é pouco comparado a todo o ouro que existe no mundo!

- Ora! Esse ouro todo não satisfaz a Vossa Excelência? - perguntou o estranho.

- Ora, essa! - respondeu o rei - Mas é claro que não estou satisfeito. Passo longas noites acordado planejando novas formas de conseguir mais. Gostaria de poder transformar em ouro tudo que toco.

- É isso que Vossa Excelência realmente deseja?

- Claro que sim! Nada haveria de deixar-me mais satisfeito.

- Pois o desejo de Vossa Excelência será atendido. Amanhã de manhã, quando os primeiro raios de sol adentrarem os aposentos, Vossa Excelência terá o toque de ouro.

Ao terminar de falar, o estranho desapareceu.

O Rei Midas esfregou os olhos.
- Devo ter sonhado - disse ele -, mas como eu ficaria feliz se isso fosse verdade!

No dia seguinte, o Rei Midas acordou quando a primeira luz do dia se fez presente em seus aposentos. Esticou a mão e tocou as cobertas da cama. Nada aconteceu.

- Eu sabia que não poderia ser verdade - exclamou, desapontado.

Naquele exato momento, entraram pelas janelas os primeiros raios de sol. As cobertas onde estava encostada a mão do rei transformaram-se em ouro puro.

- É verdade! É verdade! - gritou ele, muito contente.

Saltou da cama e correu pelo aposento tocando em tudo que havia. O manto real, os chinelos, os móveis, tudo virou ouro. Foi até a janela e olhou para o jardim de Áurea.

- Vou fazer-lhe uma boa surpresa - disse ele. Desceu ao jardim e tocou todas as flores da filha, transformando-as em ouro.

- Ela ficará muito satisfeita - pensou.

Voltou aos seus aposentos para aguardar a chegada do café da manhã e se dispôs a retomar a leitura da noite anterior, mas assim que suas mãos tocaram o livro, o objeto se transformou em ouro maciço.

- Não posso ler, assim - disse o rei -, mas, ora, é bem melhor ter um livro de ouro.

Naquele exato momento, um criado entrou nos aposentos, trazendo-lhe o café da manhã.
- Que beleza! Vou começar pelo pêssego, que está vermelhinho de tão maduro.

Pegou-o então, mas, antes de conseguir comê-lo, já se havia transformado num pedaço de ouro. O Rei Midas o colocou de volta no prato.

- É muito bonito, mas não posso comê-lo! - disse ele.

Pegou uma broa de pão, mas também ela se transformou em ouro.
Colocou a mão no copo d'água, mas tudo virava ouro.

- O que vou fazer? Tenho fome e sede. Não posso comer nem beber ouro!

E logo a pequena Áurea entrou em seus aposentos. Ela estava chorando, muito sentida,

e trazia nas mãos uma das rosas.

- O que houve, filhinha?

- Ah, papai! Veja o que aconteceu com minhas rosas! Estão todas duras e feias!

- Ora, são rosas de ouro, filha. Você não acha que estão mais bonitas agora?

- Não - disse ela, soluçando. - Não têm mais o agradável perfume que tinham. Não crescerão mais. Gosto de rosas vivas.

- Não se preocupe - disse o rei -, venha tomar seu café.

Entretanto, Áurea percebeu que o pai não comia e que estava triste.

- O que houve, meu querido pai? - perguntou ela, aproximando-se.

Deu-lhe um abraço e ele a beijou, mas, de repente, o rei soltou um grito de pavor.

Ao tocá-la, o lindo rostinho transformou-se em ouro brilhante, os olhos não viam mais, os lábios não conseguiram beijá-lo também, os bracinhos não o estreitaram.

Deixou de ser uma adorável e carinhosa menina; transformara-se numa estatueta de ouro.

O Rei Midas baixou a cabeça e os soluços o sobrepujaram.

- Vossa Excelência está feliz? - alguém perguntou.

O rei levantou a cabeça e viu o estranho de pé a seu lado.

- Feliz! Como te atreves a perguntar uma coisa dessas? Sou o homem mais triste na face da terra! - disse o rei.

- Vossa Excelência tem o toque de ouro. E isso não basta?

O Rei Midas não tornou a olhar para o estranho, nem respondeu.

- O que Vossa Excelência prefere: comida e um copo d'água fresca ou essas pedras de ouro? - disse o estranho.

O Rei Midas não conseguiu responder.

- O que prefere ter, ó Majestade? Aquela estatueta de ouro ou uma menina que pode correr, rir e amá-lo?

- Ah, devolva-me minha filhinha Áurea e eu abdicarei de todo o ouro que tenho! - disse o rei. - Perdi a única coisa que realmente me valia ter.

- Vossa Excelência demonstra agora mais sabedoria do que antes - disse o estranho.

- Vá mergulhar no rio que passa nos fundos do jardim, e depois leve um pouco da água para jogar sobre tudo aquilo que deseja ter de volta ao normal.

O estranho, então, desapareceu.

O Rei Midas levantou-se rapidamente e foi correndo até o rio. Mergulhou, pegou um bocado de água e retornou ao palácio. Jogou-a sobre Áurea e as cores voltaram a iluminar seu rosto.

Ela tornou a abrir os olhinhos azuis.

- Ora, papai! - disse ela - O que aconteceu?

Chorando de alegria, ela a pegou no colo.

Depois disso, o Rei Midas nunca mais se preocupou com ouro algum, a não ser o ouro que existe no brilho do sol e nos cabelos da pequena Áurea.

Adaptação de O livro das maravilhas,

de Nathaniel Hawthorne


















































































































sábado, 30 de outubro de 2010

Por que eu só ganho os presentes da promoção?


Imagem: dreamstime.com

Estamos a 56 dias do Natal.

Este ano está voando. Com tantos feriados e eventos  que tivemos e ainda teremos , este ano parece ser atípico. 

Para ajudar na correria, lá vem o Natal de novo.

O Natal talvez seja a época mais aguardada do ano para a troca de presentes entre amigos e familiares, já que presentear é um gesto para demonstrar como somos gratos às pessoas que tocam a nossa vida de alguma forma.

Para as crianças, a data mais aguardada depois do aniversário, já que entendem que é quando vem os presentes que esperam praticamente um ano inteiro para receber.

Mesmo com o orçamento apertado, os pais acabam cedendo à tentação de comprar “aquele” presente aos filhos, já que a promessa acaba ficando sempre para o Natal: “Se você passar de ano, no Natal lhe dou o presente que você quer.”

Aí, não tem jeito. Mesmo com o orçamento apertado...promessa é dívida (ou mais uma dívida) e crianças serão sempre crianças.

O correto mesmo é realizar um planejamento já no início do ano prevendo gastos maiores com presentes em determinadas datas. Assim, não será preciso atrelar desempenho escolar com presente de Natal e nem ficar digladiando com parcelas do cartão de crédito até 4 ou 6 meses depois que o Papai Noel já se foi e deixou você com a conta para pagar.

Como nem tudo que é o ideal está perto do real, o melhor mesmo é antecipar-se e conversar abertamente com a criança sobre seus planos para os preparativos do Natal.

Se o dinheiro da família estiver curto, é justo que ela seja informada da maneira mais razoável possível para que possa entender o que está acontecendo e se prepare emocionalmente e não se depare com nenhuma grande surpresa.

Ilustro o caso com um diálogo extraído de um filme onde dois adultos conversavam e um dos personagens comenta: “Não sei porque, mas todos os anos alguns meses antes do Natal minha mãe me dava um catálogo para escolher um brinquedo que eu desejaria ganhar. Todos os anos ela sempre me dava um presente que estava no item da promoção e que era bem diferente daquilo que eu escolhia no catálogo. Uma vez escolhi um ventríloquo e ela me deu uma marionete horrorosa.”

Natal é momento de confraternização e não de ter que dar explicações sem fim sobre o presente “genérico”. Isto não faz o menor sentido na cabeça de uma criança.

As crianças que já sabem listar quais os presentes desejam ganhar são as crianças que já podem compreender porque o Papai Noel este ano não bateu a meta da linha de produção.

Envolver as crianças com as atividades natalinas é uma boa alternativa para que elas possam ter contato com os gastos que envolvem o preparativo do evento.

Levar a criança ao supermercado para realizar uma pesquisa de preços dos itens que serão consumidos é de grande surpresa e satisfação para elas, já que normalmente não são envolvidas em nenhum tema relacionado ao mundo das finanças da família. É surpreendente e curioso o modo como trabalham alternativas quando são envolvidas neste tipo de atividade. Basta que a oportunidade seja dada e os pais estejam abertos a ouvi-los. Muita coisa nova pode acontecer.

Depois desta atividade, sentar com a criança e mostrar a soma das despesas que terão, poderá ajudar os pais a abrirem um canal para conversarem com seu filho sobre pontos que poderiam ser revisados, inclusive os presentes.

É preciso ser coerente e mostrar que a família está disposta a gastar X com a festa natalina, entre presentes e alimentação. É preciso dar um norte para que a criança possa se basear para pensar em alternativas, inclusive para os presentes que ela própria deseja ganhar.
Os pais poderão oferecer algumas alternativas, também.

Lembre-se: crianças serão sempre crianças, mas abrindo espaço para que possam ajudar nas escolhas, elas passam a se sentir responsáveis pelo sucesso financeiro da família.

Se quisermos que nossos filhos sejam realizadores e realizados, deverá haver um momento na vida deles em que teremos que contar que "Papai Noel não existe! "

Ser muito permissivo, criar ilusões em demasia e suprir os filhos com todos os desejos que eles tem - desde os mais simples até os mais complexos e caros - os inibem de sonhar e, principalmente, de crescer.


Já escreveu sua cartinha ao Bom Velhinho?




quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Somos um dos povos menos endividados do mundo?


Imagem: dreamstime

Nos últimos dias, temos visto alguns políticos e técnicos ligados ao governo dizerem, com um certo orgulho, que somos um dos povos menos endividados do mundo e, por conta disso, teríamos uma “folga” para aumentar o endividamento, o que ajudaria a dar ainda mais fôlego para o nosso consumo que já anda bastante aquecido.

Mas será que isso é verdade? Somos mesmo um povo pouco endividado? Sim, quem disse que nosso endividamento é baixo não falou nenhuma mentira. Mas é importante termos em mente que isso não é decorrência de nossa educação financeira nem de nossa destreza em administrar nossas próprias finanças. O baixo endividamento (relativo) do brasileiro é muito mais uma decorrência de um mercado de crédito pouco desenvolvido (convém lembrar que, até poucos anos, não era tão comum comprarmos todo tipo de bem usando financiamento) e da nossa taxa de juros, que é uma das mais altas do mundo.

Vendo os índices de endividamento isoladamente, sobram poucas dúvidas que estamos longe dos primeiros colocados nesse ranking, mas isso absolutamente não significa que estamos em vantagem. Aliás, muito pelo contrário... A comparação dos níveis de endividamento de um brasileiro com um americano ou europeu pode nos dar resultados inconclusivos se não levarmos em conta outros fatores, como a taxa de juros.

Apenas para termos um exemplo, a nossa taxa de juros básica (a SELIC) é, no atual momento, mais de quarenta vezes maior que a taxa básica americana, e mais de dez vezes a taxa da zona do Euro. Essa desproporção se observa também (ainda que em menor nível) nas taxas ao consumidor. Podemos ver alguns exemplos a seguir:

- Juros de cartão de crédito: Nos EUA, as taxas de juros do crédito rotativo do cartão de crédito estão em níveis historicamente altos, por volta de 14% ao ano. Já aqui no Brasil, segundo a ANEFAC (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), em agosto de 2010, a taxa média do crédito rotativo nos cartões de crédito brasileiros era de 238,30% ao ano. Nossa taxa é aproximadamente dezessete vezes superior à taxa americana;

- Juros do cheque especial: Vamos ver agora como vão nossos amigos europeus... Na Inglaterra, a taxa de juros para uso do limite de conta especial (overdraft) está por volta de 16%. Aqui no Brasil, ainda segundo a ANEFAC, nossa taxa média em agosto foi de 136,85% ao ano, mas não é difícil encontrar bancos cobrando mais de 200% ao ano;

- Financiamento de veículos: Nos EUA, um carro novo, financiado em 36 meses, paga em torno de 6% ao ano de juros (o que daria em torno de 0,49% ao mês). Aqui no Brasil um carro financiado pelo mesmo período paga entre 1,5% a 2,0% ao mês.

O que podemos concluir é que, para o brasileiro, ocorre uma espécie de “alavancagem ao contrário”. Se os americanos, por exemplo, pegarem emprestado um valor “X”, eles poderão ter problemas com os juros. Mas se nós brasileiros resolvermos tomar o mesmo “X” que os americanos, seremos esfolados vivos! É aquela velha lógica do “se eles pegam um resfriado, nós morremos de pneumonia”, pois o efeito do endividamento de mesmo valor é muito diferente no brasileiro e em um cidadão de uma economia desenvolvida.

Vendo por esse lado, é questionável se existe mesmo esse tal “espaço” para o endividamento extra. O endividamento das famílias no Brasil pode ser baixo (como de fato é), mas sendo o Brasil um dos países com juros mais altos do mundo, não poderia ser diferente. Se o endividamento do brasileiro subir mais, ele ainda será baixo pelos padrões internacionais, mas as pessoas terão que “vender a própria alma” para dar cabo dos juros. Mais do que nunca as famílias brasileiras devem se preocupar em tomar decisões financeiras sensatas e em manter as contas equilibradas.

André Massaro
Especialista em finanças pessoais
Consultor financeiro da The Money Camp Brasil
Autor do livro MoneyFit (Matrix Editora)
http://www.moneyfit.com.br/



O seu tesouro está nas coisas que te deixam feliz


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Para reflexão:

“As coisas não mudam. Nós é que mudamos.” (H D Thoreau)
“Tudo muda quando nós mudamos.” (Jim Rohn)
“Quando você muda o seu jeito de ver as coisas, as coisas que você vê mudam.” (Wayne Dyer)
“Ninguém liga se você não sabe dançar muito bem. Levante-se e dance.” (Dave Barry)

Em uma escala de 1 a 10, avalie a sua qualidade de vida exatamente agora – espiritualmente, mentalmente, emocionalmente, fisicamente, profissionalmente e financeiramente.

A maioria das respostas das pessoas fica entre 4 e 7. Ocasionalmente, aparece um 8.

Em quais campos de sua vida você se sente mais feliz e satisfeito neste momento?

Para responder a esta pergunta, muitas pessoas precisam parar e pensar.
A resposta parece estar enterrada profundamente.

Busque a resposta e deixe que ela saia !
Foque naquilo que é realmente importante PARA VOCÊ.

Pergunte-se:

O que me deixa mais entusiasmado, mais orgulhoso de mim mesmo e a que sou mais grato em minha vida neste momento?
O que eu mais curto na minha vida hoje?
O que eu posso fazer hoje para melhorar o meu dia?

Respondendo a perguntas simples sobre o que é mais importante para VOCÊ, você altera seu comportamento, melhora seu humor e ganha alguns pontos em qualidade de vida.

Quando pensamos em coisas que nos fazem bem, mudamos nosso comportamento e mudando nosso comportamento, mudamos tudo à nossa volta.

É simples, barato, legal e funciona todas as vezes que você fizer isto. Faça isto agora. Faça isto frequentemente.

Desejo a você uma excelente semana!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Estamos Grávidos. E agora?

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A chegada de um bebê inicia-se na gravidez e teoricamente encerra-se quando o jovem entra no mercado de trabalho. Há estudos que mostram que famílias com renda mensal de aproximadamente R$ 4.000,00 investirão aproximadamente R$ 800,00 mensais com seus filhos entre 0 e 6 anos de idade. Substituindo uma despesa por outra, podemos considerar este número.

Um casal que esteja comprometido com " 150%" de sua renda dificilmente conseguirá se planejar para a chegada do bebê. Não faz sentido e nem haverá tempo para querer fazer uma poupança quando há  dívidas a serem pagas.

A melhor alternativa nesta situação é negociar as dívidas e livrar-se delas o quanto antes, para que possam ter uma vida mais tranquila para assumir a nova responsabilidade e, óbvio, não realizar novas dívidas para adquirir mobiliário para o baby.
Usar a criatividade e substituir serviços pagos pelo " faça você mesmo", até que a ressaca financeira passe e o casal possa voltar a navegar em maré mais calma, poderá ser até mais divertido para o casal enquanto aguarda a chegada do bebê. Procurar alternativas entre familiares e amigos que já encostaram berço, andador e outros itens também gerará uma ótima economia. Organizar um chá de bebê servirá como uma opção para ajudar a montar o enxoval, sem contar que reunir amigos é sempre um momento prazeroso.

Claro que o que se considera ideal nem sempre está próximo ao real, mas com um pouco de boa vontade aliada ao hábito de poupar e investir, o casal poderá programar a chegada de um bebê mesmo antes de pensar em sua concepção.
Qual o problema??? Há casais que namoram 10 anos antes de se casarem.

Consideremos, então, um casal com esta mesma renda líquida de R$ 4.000,00 e estes mesmos R$ 800,00 mensais como base do cálculo e veremos que durante os 3 anos que antecedem o plano de ter filhos, o casal deverá poupar e investir menos do que 10% de sua renda para receber com conforto e tranqüilidade o seu filhote.

Considerando ainda que a maioria das pessoas prefere não se arriscar quando o assunto é “poupança do filho”, levaremos esta conta para o investimento de menor risco (e menor rentabilidade) hoje no mercado: a caderneta de poupança (0,5%/mês)

Iniciando uma poupança hoje e trabalhando com a idéia de curto prazo (3 anos) e considerando uma rentabilidade projetada de 6% ao ano, o casal deverá investir a quantia de aproximadamente R$ 378,00 mensais ao longo deste período para poder sacar o montante durante o período da gravidez e comprar tudo o que o pimpolho necessitará durante seu 1º. ano de vida. Estamos falando aqui em R$ 15.391,00.

O mais legal é que, planejando desta forma, o casal poderá fazer tudo do jeitinho que sempre sonhou para receber o baby, sem nem precisar sacar tudo de uma só vez.

Deste momento em diante, é só dar continuidade ao plano estabelecido e realizar aportes mensais e continuados.
O fator tempo é o melhor aliado da vida do casal para garantir o futuro de sua criança em termos financeiros.

Sentindo-se mais seguro e buscando a informação necessária com especialistas da área financeira, o casal poderá optar por transferir esta poupança para investimentos um pouco mais ousados, de acordo com o seu perfil financeiro e mais interessantes em termos de rentabilidade no longo prazo.

Sempre lembrando que maior o retorno, maior o risco.

O melhor mesmo é poder desfrutar deste momento tão especial com segurança e tranqüilidade.

Saúde e felicidade aos futuros papais.




domingo, 17 de outubro de 2010

Sorte ou Azar? Depende

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Suas escolhas de hoje refletirão o seu futuro.
Seus objetivos serão alcançados à medida que você compreender a dinâmica das coisas e passar a entender que as conquistas acontecem por conta de um desejo, uma força motriz que te coloca em movimento para  realizar algo somado à sua predisposição em abrir mão de determinadas coisas hoje para realizar algo maior e que você deseja muito em um futuro nem muito distante (quando queremos algo de verdade, ficamos com a sensação que esperar por um, dois, três ou dez anos pareça uma eternidade) aliado a uma estratégia, que poderá ser financeira ou não. Depende de seus sonhos. Para um adulto pode ser conquistar uma casa própria, para um jovem, o desejo forte de entrar em uma determinada Universidade, então neste caso, dependerá mais da energia investida e direcionada aos estudos e não na questão financeira (pelo menos, não da dele, é o que se pressupõe) .
É bem verdade que interferências internas e externas e obstáculos surgirão durante este período, mas se você estiver seguro daquilo que você deseja, nada e nem ninguém te impedirá de realizar.

Pense um minuto nas suas maiores conquistas: não deve ter sido tão simples chegar lá, mas com certeza, depois de haver conquistado e quando você olhou para trás para fazer uma análise, você teve aquela sensação dos vencedores: " Eu consegui !" . 

Assim são as nossas conquistas.

Se houvesse uma fórmula, talvez fosse assim: DESEJO FORTE + AÇÃO + PLANO ESTRATÉGICO + PERSISTÊNCIA = CONQUISTA DE UM SONHO

A vida em si não é um jogo de sorte ou azar, não é feita por sorteio. 
Em todos os campos, a vida é feita das nossas escolhas e os nossos caminhos somos nós mesmos quem os contruímos. Se deixarmos estas escolhas ao acaso, ainda assim teremos realizado uma escolha.
Conquistar objetivos só depende de você, através de seu comprometimento com você mesmo em querer realizar algo.

Só para refletir...



Conto Oriental

Ter, 12 de Outubro de 2010 19:51 Escrito por Káritas de Toledo Ribas

Um conto oriental muito antigo fala de um camponês que habitava numa aldeia muito pobre do interior.
Era considerado bem de vida porque possuía um cavalo que usava para arar a terra e como meio de transporte. Um dia seu cavalo fugiu. Todos os vizinhos exclamaram que isso era terrível; o camponês disse simplesmente: "Talvez".

Alguns dias depois, o cavalo voltou e com ele trouxe mais dois cavalos selvagens. Todos os vizinhos alegraram-se com sua boa sorte, mas o camponês disse simplesmente: "Talvez".

No dia seguinte, o filho do camponês tentou montar um dos cavalos selvagens; este o lançou por terra e o rapaz quebrou a perna. Os vizinhos todos condoeram com seu azar, mas novamente o camponês disse: "Talvez".

Na semana seguinte, os oficiais da convocação militar vieram até a aldeia para recrutar jovens para o exército. Rejeitaram o filho do camponês porque estava com a perna quebrada.

Quando os vizinhos comentaram como tinha sorte, o camponês respondeu:
"Talvez"...

Fonte "Conto oriental": www.appanamind.com.br



domingo, 3 de outubro de 2010

Lição de Cidadania e Ética aos Filhos

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Aproveito o momento e deixo uma reflexão sobre como andamos transmitindo lições de cidadania às crianças.

Todas as questões que envolvem desde a preservação do meio ambiente, a miséria no mundo, aprender a conviver com os diferentes,  e também a questão das políticas públicas deveriam ser abordadas desde sempre na vida das crianças. Cada coisa em seu tempo, obviamente.

Parece loucura conversar sobre isso com as crianças e jovens, mas princípios de ética e cidadania caem bem em qualquer tempo do crescimento das crianças e jovens. Aliás, dê a oportunidade de uma conversa breve e você se surpreenderá, já que eles costumam usar o seu próprio vocabulário e a adotar os modelos vindos de casa.

Sei disso e por isso compartilho a experiência, porque quando abordamos a questão dos impostos e a Previdência Pública no Brasil durante as aulas de educação financeira, ouço todo o tipo de coisa e eles são realmente muito bons nisso. Não conversamos sobre política, porque não é esta a intenção, mas é inevitável que eles façam comentários, já que são seres que veem, ouvem e pensam.

Se cada pessoa do planeta tivesse o mínimo de consciência e acessasse sua própria e outras histórias e comportamentos naturais, poderia passar ensinamentos sobre ética e cidadania aos filhos simplesmente mostrando estas histórias de forma natural. Evitaríamos o desperdicício de um monte de coisas.

Às vezes, enquanto educamos nossos filhos, acreditamos que se já ensinamos alguns comportamentos éticos e de cidadania aos nossos filhos dentro de nossa própria casa também acreditamos que eles já tenham entendido a lição para aplicar isso do lado de fora, mas nem sempre é assim.

Um exemplo quase ridículo (não dá para acreditar que ainda exista quem aja dessa forma), mas revoltante, é quando nos deparamos com um carro a nossa frente e vemos o motorista ou passageiro abrindo o vidro e simplesmente mandando sacos de papel com qualquer resto de coisa dentro ( normalmente chamamos isso de lixo) para o lado de fora. 

Se fossem pessoas conscienciosas entenderiam que este tipo de comportamento, além de ser perigoso a quem está logo atrás, entope bueiros e que restos de comida atraem baratas e ratos (há uma média de 7 ratos/habitante em São Paulo !!!) e, por conseguinte, prolifera doenças.
Fico imaginando como deve ser a casa de uma pessoa que age desta forma...
Ou ainda aquele motorista que ao ver um outro veículo dando seta para entrar (embora andem economizando até na seta), ao invés de permitir que o outro entre ele acelera para passar à frente do carro que está tentando entrar.
O que é isso? GP de F1 ?

Nas escolas, encontramos lixo (papel, chicletes, sacos de salgadinho, caixinha de suco vazia) caídos no chão da sala de aula, sob a carteira.
Será que é isso que ensinamos aos nossos filhos em casa ou será que não reforçamos o ensinamento o suficiente a ponto de que eles compreendam que a questão de cidadania deve ser adotada não só dentro, mas fora de casa também ?

Vou lhe chamar a atenção para um caso bem comum que vem acontecendo entre os jovens ( e não estou nem falando sobre levar armas para a escola...Glup!): eles dizem que perderam o celular. Será que perderam mesmo ou deram cabo do velho porque estão querendo um modelo novo ?

Quer mais uma?

" Eu posso me atrasar na entrada da aula porque aqui não é a Inglaterra."

Por que é que tem que ser assim?

Se estão crescendo envoltos em crenças de sobreposição do TER ao invés do SER (nem que para isto seja necessário mentir aos pais), em crenças negativas sobre a possibilidade de mudar alguma coisa ou fazer a diferença é porque estão descrentes dos valores reais de vida e descrentes sobre a posição deles enquanto  cidadãos capazes de mudar a história e fazer diferente daquilo que não aceitam como uma verdade.

Devemos ser e estar atentos com a educação de nossos filhos em todos os aspectos. Devemos nos preocupar, sim, com o dever de casa, ver agendas, ajudar com os trabalhos escolares, oferecer suporte e conversar com a escola quando vemos algo em desalinho com nossos princípios.

Já fomos jovens e sabemos como as coisas são e como pais, às vezes somos tachados de "chatos", mas se não formos nós a nos preocuparmos com nossos filhos e o futuro deles, sobre o que pensam, o que estão fazendo, aprendendo, quem são os amigos, onde estão, deixaremos isto para quem? Para a escola somente ? Para a babá ou funcionária da casa ou o motorista da família ? Para a família do amigo ?

As mudanças das coisas que queremos ver só acontecem se começarmos a falar sobre elas de forma mais clara ao invés de somente criticarmos e ficarmos de braços cruzados, passando mensagens estáticas aos nossos filhos.

No dia a dia, podemos ensinar às nossas crianças os princípios básicos de cidadania, conversar sobre comportamentos que nos desagradam ou agradam e porque e refletirmos juntos sobre novas possibilidades. Assim, teremos certeza de que somos o porto seguro, a base de confiança de nossos filhos, onde eles sabem que podem questionar pois serão ouvidos, podem argumentar e refletir sobre as questões da vida, sem meias palavras e objetivamente e assim, crescerão seguros sobre seus ideais, seus princípios e seus valores enquanto ser humano. 

" Um sonho sonhado sozinho é somente um sonho.
Um sonho sonhado junto é realidade." ( Raul Seixas)


"Uma pesquisa divulgada pelo Ibope em 25.11.03 traz dados preocupantes sobre as nossas relações de cidadania. Indica que 56% dos brasileiros não têm vontade de participar das práticas capazes de influenciar nas políticas públicas. 35% nem tem conhecimento do sejam essas práticas e 26% acham esse assunto “chato demais” para se envolver com ele. Nem tudo está perdido: 44% dos entrevistados manifestaram algum interesse em participar para a melhoria das atividades estatais, e entendem que o poder emana do povo como está previsto na Constituição. A pesquisa anima, de forma até surpreendente, quando mostra que 54% dos jovens (entre 16 e 24 anos), têm interesse pela coisa pública. Interesse que cai progressivamente à medida que a idade aumenta. A pesquisa ajuda a desmontar a idéia que se tem de que o jovem é apático ou indiferente às coisas do seu país."(1)

 (1) BARBOSA, B. Falta de informação limita participação popular. Cidadania na Internet. Rio de Janeiro, nov. 2003. Disponível em http://www.cidadania.org.br/conteudo.asp