sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O risco deve ser administrado.

Dentro de sala de aula fica simples observar como a questão financeira é tratada dentro da família, em virtude do comportamento  e expressão das crianças durante uma aula de educação financeira.
É interessante e importante, então, entender quais as crenças desta ou daquela criança com relação ao modo como ela provavelmente conduzirá sua própria vida financeira durante sua vida adulta.

Observo em meu dia a dia com as crianças que, mesmo com dinheiro de "brincadeira", a maioria tem medo de investir por medo de perdê-lo. 
Claro, ninguém gosta de perder dinheiro e já é sabido e provado pela neurociência que quando temos e vemos o dinheiro em nossa mão, o sentimento de não querer "perdê-lo de vista" faz com que gastemos menos (por isso muitas pessoas cometem excessos com o cartão de crédito, porque é um dinheiro que não se vê).

O fato é que parece que as pessoas tem menos medo de gastar, nem que seja com inutilidades, e mais medo de investir dinheiro ( quando deveria ser o inverso).

O medo de investir também leva a perdas.
Ao deixar de investir dinheiro, seja lá em qual poderia ser o investimento de preferência, as pessoas estarão deixando para depois a tranquilidade do futuro.
Ao deixar de investir dinheiro, as pessoas somente postergarão seus sonhos.
As pessoas parecem preferir sonhar com a ajuda de longos financiamentos, ao invés de sonhar com o dinheiro rendendo e trabalhando para elas no longo prazo, simplesmente por medo de achar que irão perder este dinheiro investido.

O medo é um dos poucos sentimentos que leva o ser humano a ficar estagnado, sem reação. A única reação momentânea que se passa pela cabeça quando se está com medo é...fugir, fechar os olhos para não ver.
Devemos, portanto, procurar conhecer o que é desconhecido para sabermos avaliar os possíveis riscos que poderemos (ou iremos querer) correr ao investir dinheiro em algum tipo de aplicação, ao invés de ficarmos estagnados ou fugindo do assunto ou fechando os olhos para não investirmos dinheiro.

Novamente, o mais importante não é a quantia de dinheiro que você poupa e investe. É o hábito de poupar e investir - ainda que pequenas quantias - que o tornará um excelente administrador de seu dinheiro.

O mais importante, é transmitir às crianças a importância de investir dinheiro ao longo da vida e que cada pessoa tem um jeito para escolher como quer investir: uns são mais ousados e outros já são mais conservadores.

Permita que suas crianças tenham a idéia de que até uma simples caderneta de poupança é o melhor rumo para o dinheiro que está parado dentro da carteira ou engordando o porquinho.

É importante que a criança saiba que riscos existem para serem administrados. (ei, ao sairmos de casa já estamos nos arriscando...). Não podemos simplesmente fugir deles.

Se você já tem uma caderneta de poupança, uma previdência, investe em ações ou outra forma de investimento para garantir o futuro de sua família ou de seu filho, partilhe isto diretamente com sua criança.

Não deixe seu filho pensando que dinheiro poupado e investido é dinheiro perdido, que nunca mais será visto.


Tenha um final de semana agraciado.

"Tudo tem seu tempo e até certas manifestações mais vigorosas e originais entram em voga ou saem de moda. Mas a sabedoria tem uma vantagem: é eterna. (Baltasar Gracián)"

Alunos aprendem a administrar o risco
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