quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Emprego novo? Deixe uma boa primeira impressão, sem deixar de SER você mesmo


PRIMEIRO DIA

Nunca saberemos o quanto estamos prontos para uma nova atividade até efetivamente passarmos por ela. Começar em um novo emprego é como voltar a ser criança e perceber que será preciso (re)aprender a dar os primeiros passos para conquistar um novo mundo!

Há exatamente uma semana, me vi pesquisando sites, lendo livros e dicas sobre o assunto e justamente por isso, resolvi preparar um post que abordasse resumidamente a questão para os leitores do Lounge Empreendedor. Se você está iniciando em um novo emprego, uma nova atividade ou até mesmo uma nova lotação dentro da empresa em que já trabalhava, provavelmente tem desafios bem semelhantes com os que eu vivi nos últimos dias.

Dizem que é raro termos uma segunda chance de causar uma boa impressão, e como geralmente isso é verdade, essa sensação acaba causando boa parte do stress do primeiro dia de trabalho. Além da preocupação com a imagem e impressão que geramos, existem as complexidades técnicas e funcionais que serão necessárias descobrir e entender.

Por isso, comece assumindo aquilo que você efetivamente é. Nenhuma dica fará sentido se você precisar fingir ser quem você não é.

Antes de começar na nova função, procure dormir o suficiente na noite anterior, escolha sua roupa um dia antes tendo em mente que não é hora de se destacar no vestuário ou nos acessórios. Busque sair de casa mais cedo do que precisaria. Uma reserva de tempo fará com que você chegue ao trabalho menos estressado e melhor preparado para enfrentar o longo dia. Mas cuidado: pontualidade funciona nas duas direções, mais do que quinze minutos pode transparecer ansiedade.

Mentalize que sua tarefa principal para este dia inteiro é observar e aprender, e não “mostrar serviço”. Aproveite para saber onde as pessoas sentam, o nº do seu ramal, onde ficam banheiros, copa e os locais relevantes a sua nova atividade. Ouça muito e observe a dinâmica deste novo local resistindo à tentação de oferecer sugestões. Anote aquilo que pode ser útil no futuro e preste muita atenção aos nomes de seus colegas. Afinal não há som mais acolhedor para as pessoas do que seus próprios nomes.

O que você precisa descobrir, tão cedo quanto possível, é o organograma (tanto o formal quanto o extra-oficial considerando inclusive os “amigos do rei”), a quem você se reporta, quem se reporta a você e a quem você pode recorrer se precisar de informações ou ajuda.

Se for comandar uma equipe, faça tudo o que estiver ao seu alcance para saber de antemão os papéis e responsabilidades de cada um e procure estabelecer contato com todos logo no primeiro dia. É muito provável que eles estejam tão (ou mais) ansiosos do que você. Não julgue ou rotule ninguém. Algumas pessoas podem se aproximar de você por serem amistosas, mas outras o farão por interesse.

Encontre alguns minutos para conversar também com o seu superior. Saber o que ele(a) espera de você, quais as primeiras entregas que você terá que fazer, quais os prazos e como você será avaliado, ajuda bastante.

Busque equilibrar autoridade e respeito – você provavelmente terá muito mais do segundo se precisar recorrer menos à primeira. Seja profissional, mas amigável. Não fique o tempo todo em guarda. Sorria, fale o necessário, arregace as mangas, adapte-se, ajuste-se e esforce-se para fazer parte da equipe – o que está muito além do seu novo contrato de trabalho.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

10 dicas para introduzir crianças e jovens no mundo das finanças

Imagem de propriedade da The Money Camp Brasil
Todos os direitos reservados ©- 2011
Fonte: Infomoney
28 de setembro de 2011 • 10h00

Por: Viviam Klanfer Nunes





SÃO PAULO – A forma como os adultos lidam com o dinheiro se deve, em grande, à educação financeira, ou à falta dela, que receberam ainda quando jovens. Pensando nisso, os pais devem se preocupar em educar financeiramente seus filhos, começando, antes de tudo, com a mesada.
 
Esse recurso vai introduzir a criança no mundo financeiro e, quando ela entenda que "as coisas não caem do céu", o aprendizado se iniciará. Assim como não é simples para as crianças aprenderem a lidar com dinheiro, para os pais, ensiná-los também não é uma tarefa tão fácil. Nesse sentido, consultores financeiros elaboraram 10 sugestões que podem facilitar esse trabalho:
 
Veja 10 dicas para introduzir os jovens no mundo das finanças:
 
1. Mesada - o primeiro passo para fazer com que as crianças aprendam a lidar com o dinheiro é dar dinheiro a elas. Dependendo da estratégia adotada pelos pais e da idade da criança, o dinheiro deverá ser dado semanalmente ou mensalmente, mas é importante que ela receba.
 
“É com a mesada que a criança começa a ter contato com o dinheiro, e sobretudo passa a se sentir responsável por ele”, observa a consultora financeira e diretora do The Money Camp, Silvia Alambert.

 
2. Orientações - não se esqueça de que a criança precisa saber qual o objetivo daquele dinheiro. Além de deixar claro que ela será a responsável pelo recurso, é preciso esclarecer que tudo que ela quiser deverá ser pago com aquele dinheiro e que seus pais, por motivo nenhum, darão mais dinheiro a ela.
 
É importante que os pais não interfiram na administração financeira da criança. Errar ainda jovem e assumir as responsabilidades pelos seus erros podem ensiná-la a ser um adulto mais responsável.
 
3. Acompanhamento - apenas quando a criança já adquiriu certa familiaridade com o dinheiro é que é hora de os pais passarem seus conhecimentos a ela. Ao final do mês, é indicado sentar e conversar sobre o que ela fez de certo e de errado. Repasse alguns pontos, entenda por que ela optou por essa e aquela forma de conduzir suas finanças e, acima de tudo, deixe que ela fale e não a critique. A criança precisa aprender a lidar com o dinheiro e não a ter medo dele.

Nessa conversa mensal, a orientação é que os pais ensinem sobre poupança, planejamento financeiro, pesquisa de preços e os demais conhecimentos que considerem relevantes. Só depois que ela já tiver contato com o dinheiro é que será capaz de entender esse tipo de conversa.
 
4. Formas de pagamentos - Silvia explica que as crianças observam como os pais lidam com o dinheiro, mas nem sempre entendem o que está acontecendo. Cartão de crédito, de débito, cheques, são formas de pagamentos corriqueiras, cuja utilização a criança observa, mas não entende sua lógica.
 
A dica é simples: explique. Não é preciso dar um cartão de crédito para uma criança ou um jovem, fale de onde vem aquele dinheiro, como funciona aquela forma de pagamento.
 
5. Presentes – a educação financeira dos jovens é um pouco mais complexa do que se imagina, porque outros aspectos da vida podem influenciar de forma significativa nesta questão. Se, por exemplo, os pais compram tudo o que os filhos querem, dificilmente eles darão valor aos objetos. Se a criança insiste para que os pais comprem algo e é bem-sucedida, toda aquela lógica da mesada, de planejar, conversar, ensinar, perde o sentido.
 
Não adianta também dar algo que ela queira sob o pretexto de ser um presente. Presente deve ser dado com motivos claros, ou seja, em datas comemorativas ou como forma de parabenizá-lo por algo, nada além disso.
 
6. Cartão de crédito - O coach financeiro Roberto Navarro acredita que uma boa forma de ensinar os filhos a lidar com o dinheiro é com a utilização do cartão de crédito. Isso mesmo: dar um cartão de crédito com um limite mensal estipulado funciona como uma mesada e ainda permite que os pais saibam com que seus filhos estão gastando.

Navarro ainda sugere que os pais exijam que seus filhos façam uma planilha com a descrição, o valor e o motivo do gasto.
 
7. Bolsa de valores - na educação financeira das crianças, é possível ir muito mais além. Mais do que ensiná-las a controlar seus gastos, é possível ensiná-las a multiplicar seu dinheiro desde cedo. Navarro aconselha aos pais familiarizados com a bolsa de valores, por exemplo, que já iniciem seus filhos nesse universo financeiro.
 
Com a supervisão e explicação dos pais, os jovens podem entender como funciona o ambiente acionário, os fundos de investimento, as opções de renda fixa e, caso se interessem pelo assunto, podem começar desde cedo a serem investidores.

8. Pai e mãe coordenados - é importante que tanto a mãe quanto o pai estejam de acordo com as diretrizes da educação financeira do seu filho. Nada vai adiantar se o filho entender que, se o pai não der mais dinheiro, a mãe dará. Portanto, antes de falar com as crianças, conversem primeiro entre vocês e decidam por uma estratégia.

9. Jovens empreendedores - outra atividade que ajuda os jovens a lidar com o dinheiro é desenvolver trabalhos remunerados. Os pais podem estimulá-los a serem revendedores de algum produto ou mesmo fazer algum tipo de trabalho para os colegas de classe. O objetivo disso é fazer com que o jovem compreenda como funciona o mundo dos negócios, podendo ser benéfico até no momento em que deverá optar por qual carreira seguir.

10. Zona de conforto - um dos principais problemas na educação financeira das crianças é a questão psicológica. Muitos pais simplesmente não conseguem dizer não às demandas dos filhos, pois sentem que, se fizerem isso, vão passar a ideia de que seus filhos não podem contar com eles. Entenda, no entanto, que educação financeira pode fazer muita diferença na vida adulta do seu filho e dinheiro não deve ser um pilar do seu relacionamento familiar.

Quando a criança ou o jovem entende que tudo que ela quiser ou precisar ela pode pedir para o pai, dificilmente sairá da zona de conforto e será pouco estimulada a procurar um trabalho ou economizar.

Fonte: Infomoney

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Educação financeira não é só coisa de gente grande

Fonte: http://brasil247.com.br/pt/247/seudinheiro/15717/Educa%C3%A7%C3%A3o-financeira-n%C3%A3o-%C3%A9-s%C3%B3-coisa-de-gente-grande.htm

Educação financeira não é só coisa de gente grande
Educação financeira não é só coisa de gente grandeFoto: Shutterstock

De forma lúdica e eficiente, crianças podem ser estimuladas, desde cedo, a se tornarem adultos com inteligência financeira. Prerrogativa de ensinar é dos pais

21 de Setembro de 2011 às 00:01
Luciane Macedo _247 -- "Você não sabe o valor do dinheiro", diziam os pais da geração baby-boomer, em tom de severa censura, diante das incessantes demandas dos filhos por mais e mais brinquedos, doces e diversões. E muitas dessas crianças, da chamada geração X, tornaram-se adultos tateando na penumbra quando o assunto é finanças. Poucos foram educados em casa sobre o valor do dinheiro e o custo de realizar desejos. O cenário econômico de quem cresceu nos anos 80, com inflação galopante, desvalorização diária da moeda, especulação e até escassez de bens, foi totalmente desfavorável às intenções dessa geração de se educar no trato com seu dinheiro. Esse aprendizado foi conquistado tardiamente, a passos lentos. E a disciplina financeira é, em grande medida, mais recente ainda, um exercício diário.
Mas as crianças e adolescentes de hoje, da geração Y, têm a chance de reverter esse quadro desfavorável que perdura há décadas no Brasil. Plugados na internet, eles querem tudo: do último gadget às grifes mais quentes do momento, dos brinquedos mais modernos à viagem dos sonhos para a Disney. Pode parecer, aos pais, que a lista de prioridades desses meninos e meninas é simplesmente sem fim. Mas ambos têm em mãos uma ferramenta poderosa para administrar todos esses desejos: educação financeira. E ela pode ser tão simples quanto enviar seus filhos para se divertir num acampamento durante as férias escolares ou aproveitar as oportunidades -- "Pai, compra, compra, compra! -- para ensinar, desde cedo, o valor do dinheiro.
Para além dos números e dos livros, o aprendizado vivencial e familiar fica para a vida toda. Pesquisas mostram que crianças que aprendem a lidar com seus desejos de consumo e a administrar seu dinheirinho desde cedo estão mais propensas a se tornarem adultos disciplinados com suas finanças pessoais e mais preparados para investir no futuro, fazendo escolhas inteligentes e trocas vantajosas.
Ensinar através do aprendizado vivencial, de forma leve e divertida, é a proposta de Silvia Alambert, licenciadora oficial e diretora-executiva do programa The Money Camp no Brasil. A criação americana, que já beneficia crianças e jovens em dez países, foi "totalmente tropicalizada" por Silvia para se adaptar ao contexto das crianças brasileiras. O Money Camp pode ser levado a qualquer sala de aula e também conta com um acampamento em Atibaia, onde gincanas e jogos ao ar livre estimulam as crianças a pensar financeiramente, mas sem a complicação de fórmulas ou teorias que elas não podem compreender. Aliás, não há ensino teórico e nem livros na metodologia do Money Camp. "Não dá para abrir uma fórmula de juros compostos para uma criança, mas ela aprende através de dinâmicas e brincadeiras", diz Silvia. "Há um único livro de atividades que a criança pode abrir, em casa, para recordar o que aprendeu, mas só se ela tiver vontade", acrescenta a diretora do Money Camp, assinalando que, geralmente, as próprias situações que se apresentam posteriormente, no dia-a-dia normal das crianças, acabam trazendo à tona as memórias e lições do aprendizado vivencial que tiveram.
Segundo Silvia, geralmente as crianças chegam meio desconfiadas ao acampamento quando se fala em educação financeira. "Elas acham que vão ficar trancafiadas", brinca a educadora. "Mas quebra-se o gelo já dentro do ônibus, quando as crianças recebem um dinheiro de mentirinha", conta Silvia. O dinheiro serve para as crianças se manterem no acampamento.
A metodologia inovadora do Money Camp, vivencial e lúdica, foi o que mais estimulou Silvia a licenciar o programa por aqui. Em meio a seus pares, sem os pais por perto e com muita diversão, as crianças brincam de ser investidores, empreendedores, aprendem o valor do dinheiro e até os juros compostos do cartão de crédito. "Elas chegam ao acampamento achando que o cartão de crédito é simplesmente um cartão mágico, porque a mãe entra na loja com o cartão e sai com um monte de compras", comenta Silvia, bem-humorada.
A interação com as crianças rende à educadora vários momentos engraçados e de satisfação pessoal ao ver que as crianças realmente voltam para casa diferentes. "Teve uma mãe que veio me contar que tomou bronca do filho porque estava usando o cartão de crédito sem ter pago a fatura integral", relembra Silvia. "É um aprendizado pela brincadeira e não pela dor, como foi com a geração anterior", salienta, referindo-se aos brasileiros endividados que só começaram a aprender como equilibrar suas finanças pessoais depois de ter ficado sem crédito, nas listas de mau pagadores.
"As pessoas acham que educação financeira é só falar de investimento e dinheiro", comenta Silvia. "Na verdade, é bem mais que isso, diz respeito à maneira como as pessoas se comportam com o dinheiro e isso envolve todos os hábitos e crenças adquiridos ao longo da vida", ressalta a educadora e membro da International Association for Citizenship, Social & Economics Education, com sede na Inlgaterra. Formada em secretariado bilíngue, Silvia se dedicava à área de treinamento e desenvolvimento empresarial e ao ensino de inglês antes de ir aos Estados Unidos para conhecer a criadora do Money Camp, Elisabeth Donati, e, assim, poder trazer o inovador programa ao Brasil.
Desde 2007, mais de 2.200 crianças já passaram pelo acampamento e cerca de mil vivenciaram o programa inovador em sala de aula. Duas escolas incorporaram a metologia lúdica do Money Camp ao seu currículo, entre elas o Colégio Castelo Branco, na capital paulista.
São números pouco representativos para um país das dimensões continentais do Brasil -- mais ainda considerando-se o fato de que, até recentemente, não se aprendia educação financeira nas escolas públicas e nem nas particulares, com raras exceções. Segundo Silvia, vários fatores alimentam essa realidade, entre eles o atraso da própria escola brasileira e também um certo preconceito com a idéia de ensinar nossas crianças a terem inteligência financeira desde cedo. "Por incrível que pareça, algumas pessoas temem que os filhos se tornem pessoas ganaciosas", comenta a diretora-executiva do Money Camp, assinalando que este tipo de temor não poderia ser mais injustificado, já que vivemos na era da informação. "A geração do século 21 quer coisas consistentes com a vida deles, porque eles têm toda a informação disponível, enquanto que a escola está no século 19", critica a educadora.
Neste sentido, o projeto-piloto de educação financeira do Ministério da Educação, em andamento em mais de 900 escolas, já é um passo adiante. Mas a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) é direcionada, pelo menos por enquanto, apenas ao ensino médio. A iniciativa de incluir as crianças, continua sendo, portanto, uma prerrogativa dos pais.
Mas como educá-los? "Educação financeira se faz o tempo todo", indica Silvia. "Nossos filhos são ótimos vendedores, nos convencem a comprar tudo", brinca a educadora. "São nesses momentos que os pais devem aproveitar a oportunidade e iniciar uma outra conversa, que desperte o interesse da criança", orienta. Algumas boas estratégias são fazê-la pensar em algo melhor ou oferecer escolhas atraentes. Veja mais dicas da diretora-executiva do Money Camp, especialmente para "Seu Dinheiro", no texto abaixo. "Os melhores modelos estão dentro de casa", diz Silvia. "Seria muito importante que os pais conversassem com os filhos sobre dinheiro, poupar e investir, porque a escola, sozinha, não consegue", assinala a educadora. "O ideal seria que houvesse um trabalho conjunto entre pais, educadores e crianças", conclui.
Para saber mais sobre o Money Camp e as temporadas de férias no acampamento, visite o site em wwww.themoneycamp.com.br.
Arquivo pessoal

O mundo do dinheiro na vida prática dos pequenos
A educadora Silvia Alambert orienta como os pais podem aproveitar inquietações comuns dos filhos para ensinar conceitos simples de educação financeira
O que diz a criança: "Quero ser sócia do dono daquela padaria. Você ouviu ele dizer quantos pãezinhos ele vende por dia"?
Conceitos: trabalho, remuneração, empreendedorismo, investimento, inteligência financeira
Como você pode orientar seus filhos: É importante que as crianças aprendam desde cedo que, para se ter dinheiro na vida, é preciso trabalhar. Ainda que você seja dono do seu próprio negócio e tenha
funcionários trabalhando por você, você cuida para que seu negócio prospere. Mostre que há formas de colocar o dinheiro para "trabalhar" junto com você para que, no futuro, você possa trabalhar apenas porque gosta, e não mais porque precisa. É importante mostrar às crianças que pessoas com inteligência financeira colocam seu dinheiro para "trabalhar" por elas. Quando você troca o seu tempo e energia por dinheiro, você está trabalhando, tendo que ralar para manter um estilo de vida que você escolheu para você e sua família. Ao colocar todos os meses parte do seu dinheiro para "trabalhar" por você em algum tipo de investimento, seu dinheiro começa a "trabalhar", dando “filhotes”. Os “filhotes” vão crescendo, ficando maiores e dando outros “filhotes”. Até o momento que haverá tantos “filhotes” do dinheiro que você investiu trabalhando por você, que você não mais precisará trabalhar duro e poderá curtir a vida como sempre sonhou. Multiplicar dinheiro é colocar o dinheiro para "ralar por você", enquanto você pode curtir as coisas que escolher fazer. Não é uma boa idéia ensinar as recompensas do trabalho aliado à inteligência financeira?
O que diz a criança: "Tem dias que meu pai diz que podemos sair, porque ele tem dinheiro. Mas, em outros, ele fala que não podemos, porque ele não tem mais dinheiro. De onde veio o dinheiro e por que ele acabou"?
Conceitos: dinheiro, de onde vem, como é usado em casa, despesas e lazer, orçamento familiar
Como você pode orientar seus filhos: Deixar a criança no vazio é um dos grandes erros que os pais cometem de forma inconsciente, pois elas não entendem porque um dia tem dinheiro e no outro dia não tem. É preciso explicar a elas de onde vem esse tal dinheiro que parece aparecer e desaparecer como um coelho numa cartola mágica. É preciso que elas entendam que dinheiro é fruto de trabalho e trabalhar significa você trocar seu tempo e energia por dinheiro que irá proporcionar a elas a moradia, a alimentação, as roupas, os brinquedos, as viagens, e que há uma quantia a ser gasta com algumas coisas durante o mês. Deixar a criança achando que simplesmente "não tem dinheiro" é deixá-la pensando que estão falidos. Então, é importante mostrar a elas de onde vem o dinheiro e como ele é distribuído no orçamento familiar ao longo do mês.
O que diz a criança: "Mãe, nós somos ricos"?
Conceitos: riqueza, ser e ter, dar valor ao que se tem, gratidão
Como você pode orientar seus filhos: É muito comum crianças olharem para outras crianças e julgarem que são ricas só porque têm algum brinquedinho tecnológico mais moderno, como um celular ou game. A criança fica imaginando que as outras são ricas, mas ela não é. Quando faz essa pergunta aos pais, a criança só quer a confirmação de um pensamento que já tem formado. Pergunte a ela o que ela acha e por que ela acha aquilo. Você se surpreenderá com a forma como ela vê não somente a questão da riqueza material, mas como ela vê o comportamento da família com relação ao dinheiro. Explique que a questão da riqueza inclui outros itens que não só coisas materiais (saúde, felicidade, harmonia familiar, tranquilidade financeira, etc). Oriente para o fato de que ter algo de última geração não significa, necessariamente, ser rico e que você não sabe qual foi o esforço da família daquela criança para que ela pudesse ter aquilo. A verdadeira riqueza não consiste em você ter coisas, mas em ser quem você é, sem precisar provar ou mostrar nada a ninguém. Eduque seu filho para que ele seja feliz e saiba valorizar e ser grato por tudo o que ele tem.
O que diz a criança: "Compra, pai! Compra, compra, compra"!
Conceitos: gastar dinheiro, desejos, necessidades, escolhas inteligentes
Como você pode orientar seus filhos: Gastar com inteligência nada mais é do que realizar escolhas inteligentes com o seu dinheiro e não se deixar levar pela emoção do momento. Seu filho necessita ou só deseja? Crianças sempre querem o que as outras crianças têm, é natural. E se você perguntar a uma criança se aquilo é um desejo ou uma necessidade, é bem provável que ouça que tudo o que ela quer é uma necessidade. Cabe, portanto, aos pais, mostrar aos filhos que é possível termos as coisas que desejamos, mas é necessário um preparo antes de sair gastando. Use um exemplo familiar à criança para explicar a questão do preparo. Se ela deseja muito se sair bem em alguma prova, deverá se preparar. Talvez ela tenha que abrir mão de alguns dos seus dias para poder estudar, ao invés de só brincar. Vai ter que fazer uma escolha entre ir bem na prova para poder brincar com tranquilidade depois. Mostre que, com o dinheiro, não é diferente. Se a criança deseja muito comprar uma coisa, explique que os pais terão de se preparar para aquela compra, ou seja, talvez tenham que abrir mão de algo para poder ter o que parece mais necessário. Explique que é preciso se preparar e fazer escolhas com o dinheiro, para não ficar com zero no "boletim da vida". A vida é feita de escolhas e escolhas inteligentes é que nos levam a resultados positivos.
O que diz a criança: "Quando disseram que iríamos brincar com crianças em uma creche na periferia, fiquei com medo. Mas, depois de encontrá-las e brincar com elas, descobri que são crianças como nós, são só mais simples".
Conceitos: abundância, doação, diferenças, solidariedade
Como você pode orientar seus filhos: O imaginário das crianças é como uma caixinha mágica. Quando damos a elas a oportunidade de externar tudo o que cabe lá dentro, suas crenças, pensamentos e sentimentos, também somos tocados pela magia. A doação também faz parte da educação financeira, já que sua prática permite criar pensamentos de abundância de tudo para todos. Se eu estou doando meu tempo, meu sorriso, meus brinquedos, minhas roupas a quem necessita, significa que eu tenho mais do que suficiente para mim e posso fazer felizes aqueles que precisam mais do que eu. Crie a oportunidade e veja a magia da solidariedade acontecer.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Coisas que você esqueceu de avisar ao seu cérebro


Imagem: dreamstime.com


A vida anda em um ritmo tão acelerado que mal nos damos conta das “extravagâncias” que realizamos com o nosso dinheiro no dia a dia. É quase como se andássemos o dia inteiro ligados no piloto automático e, assim, mal observamos que nosso dinheiro escorre pelas nossas mãos. É muito comum, ao final do dia, abrir a carteira e levar um choque ao se deparar com um monte de notas trocadas, moedas ou vias amarelas e azuis de cartões e ficar se indagando como aquilo aconteceu ao longo de um único dia: é nota de combustível, de porcarias compradas na lojinha de conveniência do posto em que o veículo foi abastecido, do supermercado que alguém pediu para passar antes de voltar para casa, de café na padaria antes de entrar no trabalho e assim vai.
Se você observar com atenção e colocar todas estas despesas na ponta do lápis, encontrará aí um grande ralo por onde escorre o seu dinheiro.
Por este motivo, convido vocês a estarem atentos ao seu cérebro - está máquina maravilhosa que pode ser seu grande aliado ou um “exterminador” de seu sucesso financeiro, já que é lá que também estão instalados os seus arquivos com seus pensamentos e crenças sobre o uso do dinheiro - e determinarem a ele o “modus operandi”. Para determinar essa nova forma de executar, porém, será necessário um esforço de sua parte para que você crie novos procedimentos e, para isso, você deverá estar atento para que ele, o seu cérebro, não volte a trabalhar no “modo automático”.
O transporte público
Quem trabalha nas grandes cidades e depende do transporte público sabe o transtorno que é se servir dele para chegar ao trabalho e quem já teve a oportunidade de conquistar o seu próprio carro, sabe o quanto é difícil ter que deixa-lo na garagem para utilizar transporte público. Apesar de o transporte público gerar uma boa economia, quem tem um carro à disposição dificilmente abre mão dele para ir trabalhar. Em contrapartida, as despesas com manutenção e combustível do veículo acabam tomando uma considerável parte da renda do trabalhador. Inteligente mesmo seria buscar alternativas para “rachar” despesas com alguns colegas que não disponham de um carro e desejem chegar com mais tranqüilidade no mesmo local ou até mesmo próximo ao seu local de trabalho. Vale lembrar que para este caso, a economia vem acompanhada de uma dose a mais de responsabilidade com horários, mas vale o esforço, a economia e a eterna gratidão do meio ambiente.
No trabalho
É muito comum naquela meia horinha do retorno do horário do almoço, ficar dando voltinhas para ver as vitrines das lojinhas que ficam ao redor de onde está instalada a empresa (isso quando não tem um Shopping ao lado!!). Eis o perigo: sempre há quem convide para tomar o cafezinho expresso ou comer um doce antes de voltar ao trabalho ou mesmo a pessoa se deparar em frente a lojas e se lembrar que estava precisando mesmo comprar alguma coisa que tinha esquecido. Pronto. Esteja alerta: é preciso ou você só quer comprar porque não está fazendo nada mesmo?
 Em viagens
Afinal de contas, porque você viajou se era para ficar com um escorpião na carteira? Essa é a pergunta que é puxada do arquivo “diversão”  e que está armazenada no seu cérebro. E você tende a concordar com ele: “ Estou me divertindo. Por que irei me privar das coisas?”. Seja forte. Se você se programou para gastar um tanto, evite gastar outro tanto. Antes um escorpião na carteira do que um tatu na conta corrente ou na fatura do cartão de crédito. 
 Em casa
Ficar sem fazer nada em casa é a mesma coisa que ouvir aquela voz interior dizer: “Preciso arrumar uma forma de gastar dinheiro sem sair de casa.” Muitas pessoas juram por tudo o que é sagrado que não sairão no final de semana porque não podem gastar dinheiro. Entediadas, pegam a agenda de contatos do telefone celular e ligam para os amigos do telefone fixo para o telefone móvel ( a tarifa chega a R$ 1,09 o minuto!!!) e até deixam recados em caixas postais de todos os celulares desligados dos amigos. Sentindo-se solitárias, as pessoas tendem a cometer mais erros com o dinheiro do que imaginam. Decididas a não sair para gastar, chamam os amigos em casa e ligam para a pizzaria.
 Aparelhos eletrônicos
Tecnologia : tem até quem não entenda a funcionalidade, mas que certamente já tenha adquirido um IPad2 ou uma TV LED  Full HD c/ Entradas HDMI e USB e Conversor Digital. O consumismo exacerbado e a necessidade de “parecer ser”, faz com que milhares de pessoas tenham a ilusão que serão “descoladas” ou “plugadas” somente porque possuem o último lançamento de um eletrônico (nem que seja parcelado em “n” vezes). As pessoas nem percebem que compram itens cujas funcionalidades pouco servem para as suas necessidades. Desperdiçam dinheiro que poderia ser mais bem empregado em algo que tenha mais a ver com o que elas realmente curtem ou necessitam ou mesmo para criarem reservas para o futuro. Conheço casos de pessoas que compram celulares sofisticados não porque precisam ou saibam utilizar os recursos, mas porque “a câmera tem não sei quantos mega pixels”. Oras, compre uma câmera digital, então, e vá fazer um curso de fotografia. Com isso, quem sabe, o hobby se torna algo profissional e a pessoa ainda faz um dinheiro extra.
Passeios aos finais de semana
Como a maioria das pessoas não se planeja adequadamente, o montante do dinheiro que elas fazem ao longo do mês tem que cobrir tudo o que vier pela frente: contas, moradia, alimentação, educação, combustível, seguros, limite de cheque especial, diversão, etc. Dessa forma, e sem prestarem atenção que estão vivendo não com 100%, mas com "300%" da renda que fazem,  há pessoas que insistem em dizer que não sobra dinheiro para a diversão, mas que saem para pequenos programas todos os finais de semana. Escuto muitas coisas do tipo: “ Só fui a uma baladinha no sábado” ou “Viajamos para uma pousada baratinha” e ainda“ Fomos ao parque e depois fomos almoçar no shopping ”. Isso não é diversão? O que seria, então, diversão? Poder sair e gastar mais dinheiro? Se diversão significar gastar mais dinheiro, então saia somente em um final de semana com o dinheiro acumulado dos quatro finais de semana.
Passeios não deveriam estar atrelados ao pensamento de que é obrigatório sair para passear todos os finais de semana e nem tampouco de ter que se gastar muito dinheiro. Piora o passeio se for realizado de forma aleatória, sem nenhum planejamento anterior. A não ser que você queira ver o limite do seu cheque especial, por exemplo, indo passear em outras mãos.
Filhos
Costumo dizer que os filhos são os nossos melhores vendedores. Eles nos vendem tudo. Cheios de técnicas e artimanhas, eles são capazes de convencer os pais desatentos a comprarem desde coisinhas alimentícias antes do jantar até ingressos de R$ 700,00 em shows ou games infindáveis. Ao final das contas, eles conseguem fazer com que os pais embarquem nos desejos desenfreados de consumo deles e fazem com que os pais também sobreponham esses desejos como sendo uma prioridade e esteja um nível acima de qualquer necessidade da família, sem se importarem se com essa atitude eles estarão afetando o orçamento e mesmo o futuro financeiro da família.
Os pais devem entender que eles são dotados de poderes mágicos para fazer com que os filhos entendam sobre as relações de consumo, já que são eles os detentores do dinheiro. Acontece, porém, que no ritmo frenético em que as coisas acontecem e a supervalorização do TER, os pais por também estarem buscando a realização de sonhos a qualquer preço, abrem mão de pensarem no futuro financeiro da família para realizarem sonhos de consumo de maneira imediata e desorganizada. Assim, os filhos vão criando uma imagem distorcida com relação à linguagem das relações entre trabalho, dinheiro e consumo.
Quando a família trabalha estas relações junto aos filhos, todo mundo ganha e a criança passa a ser mais determinada com as coisas que realmente tem importância e que farão diferença na vida dela. Temos alguns exemplos de crianças dentro do programa, mas este foi um bem marcante em virtude da tranqüilidade da aluna ao expor ao grupo porque a opção de viagem de férias foi postergada naquele ano: “Estamos terminando de reformar a nossa  casa e isso gasta muito dinheiro. Meu quarto vai ser lindo e eu já estou escolhendo os objetos que eu quero.”

Entendo que tudo isto é uma questão de incorporar novos hábitos em sua vida e isso não acontecerá de uma hora para outra, mas desde que você realmente queira, é possível iniciar um processo de mudança e mudar. 
Todos esses hábitos que você tem hoje, ocorreram em virtude das informações que você recebeu, processou e se condicionou a fazê-los. Todas estas informações estão lá armazenadas no seu cérebro.
Pelo menos, tente.
Cada vez que você se der conta de que seu pensamento está lhe tentando a cometer um hábito que colocará seu esforço financeiro por água abaixo, olhe para o seu cérebro e diga: " Xô. Este pensamento não lhe pertence mais!"

“Suas convicções se tornam seus pensamentos.
Seus pensamentos se tornam suas palavras.
Suas palavras se tornam suas ações.
Suas ações se tornam seus hábitos.
Seus hábitos se tornam seus valores.
Seus valores se tornam seu destino.” ~Mahatma Gandhi


Quem ama, também educa financeiramente.