quarta-feira, 14 de abril de 2010

Parece que foi ontem...

Image: Dreamstime

" Quem ama também educa financeiramente." - Silvia Alambert

Desde que a matéria abaixo saiu na edição da Veja há quase 9 anos, percebe-se que pouco se evoluiu com a educação financeira DOS JOVENS.

Os pais se preocupam em investir para garantir a educação dos filhos, mas eles se preocupam ou pensam no esforço dos pais para mantê-los? Infelizmente, parece que não, já que " A fatia dos jovens no universo dos inadimplentes cresce de forma assustadora: 10% deles têm até 20 anos e 39% têm idade entre 21 e 30 anos (sim, os balzaquianos também são considerados jovens nos dias de hoje). Juntos, os consumidores até 30 anos foram responsáveis por 49% dos calotes dados em 2006 junto a bancos, administradoras de cartão de crédito e financeiras. Em 2005, somaram 44%. Os dados foram divulgados pela Telecheque na quinta-feira 18. “Os jovens tiveram acesso ao crédito fácil demais nos últimos dois anos. Ficaram deslumbrados e perderam o controle”, diz José Antônio Praxedes, vice-presidente da Telecheque." Fonte: IstoÉ Independente - 24 de Janeiro de 2010

Papais e mamães, garantam que seus filhos tenham tudo de bom para o futuro que os aguarda, inclusive EDUCAÇÃO FINANCEIRA.

Quanto custa criar um filho, do berço ao diploma.

Vinte anos passam voando e muitos casais jovens já se planejam para custear as despesas futuras dos filhos.

Fernanda Colavitti e Carolina Botelho
Revista Veja - Edição Especial Novembro de 2001


Criar um filho numa família brasileira de classe média, do berçário até o diploma de faculdade, custa alguma coisa em torno de 320 000 reais. Na classe média alta, o custo passa dos 600 000 reais. Beira o 1 milhão de reais se o herdeiro for da classe alta. Esses são os números a que chegou o economista e consultor Mauro Halfeld, da Universidade Federal do Paraná, que fez o levantamento a pedido de VEJA Seu Investimento. Os resultados detalhados estão no quadro. Autor de Investimentos – Como Administrar Melhor Seu Dinheiro, Halfeld fez três simulações com um casal que cria e educa um filho, até a idade de 22 anos, quando obtém o diploma na faculdade. A cada item, como habitação, alimentação, transporte, despesas pessoais, saúde, vestuário e educação, foi atribuído um peso diferente.



Mais do que buscar a precisão absoluta do cálculo, o consultor paranaense procurou encontrar uma fórmula simples e objetiva para auxiliar os pais no planejamento do futuro de seus filhos. É o que muitos já estão fazendo, como o analista de sistemas Cláudio Hendo, 38 anos, e a agente de turismo Mari Yamaguchi, 28. Casados e residentes em São Paulo, eles separam 168 reais todo mês para uma conta especial em nome da filha, Larissa, de 1 ano e 2 meses. "Quando ela chegar aos 21 anos, terá dinheiro para pagar a faculdade e ajudar na pós-graduação no exterior", Mari calcula. Exagero de preocupação com o futuro? De maneira alguma. O casal Cláudio e Mari expressa bem a inclusão de um novo item no orçamento doméstico da família de classe média brasileira – a compra de um plano de previdência voltado para a educação dos filhos no futuro. Eles escolheram o Renda Total Júnior, lançado pela seguradora BrasilPrev, uma associação entre o Banco do Brasil e a empresa americana Principal Financial Group, um gigante internacional do setor. Em 2020, Larissa terá à disposição 100 114 reais, pois o dinheiro vai sendo aplicado como um fundo de investimento.



Mais precisamente, o Renda Total Júnior é um tipo de Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL), hoje a modalidade mais aceita de previdência privada no Brasil. Inicialmente concebido para a aposentadoria, o PGBL passou a atender sob medida os futuros doutores e bacharéis. As principais instituições do ramo têm produtos concorrentes, como a Bradesco Previdência, que oferece o Prev Jovem. O Unibanco AIG comercializa o Prever Kids, destinado a todas as pessoas que desejam presentear um filho, sobrinho, neto ou afilhado. No momento da aquisição do plano, escolhe-se a idade em que o menor começará a usufruir o Prever Kids e o período de recebimento da renda temporária no futuro, de quatro a seis anos. A contribuição mínima mensal do Prever Kids é de 80 reais. Para quem faz para mais de um membro da família, esse valor cai para 40 reais. Quanto maior a contribuição mensal, obviamente maior será o retorno no futuro. Depois de uma carência de 180 dias, o dinheiro pode ser tirado para uma emergência. Outras vantagens são a possibilidade de abatimento no imposto de renda e uma valorização superior à da caderneta de poupança, ao longo dos anos.



Esse é um bom caminho, particularmente para quem sonha alto com a educação dos pimpolhos, como a obtenção de um MBA (o diploma de Master in Business Administration, a pós-graduação que virou passaporte obrigatório para carreiras no mercado financeiro, marketing e em gestão empresarial). "Bancar o curso, a alimentação e a moradia é uma despesa alta e não sai por menos de 250 000 reais", afirma Ricardo Betti, consultor paulista que se especializou em assessorar candidatos que desejam obter um MBA.

Como base para chegar ao resultado final do quadro abaixo, o economista Mauro Halfeld usou a Pesquisa de Orçamentos Familiares 1998/1999, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe), que contabiliza os gastos anuais básicos, com alimentação, saúde, moradia, transporte, vestuário, educação e despesas pessoais, de 2 350 domicílios no município de São Paulo. Para as famílias com renda acima de 20 salários mínimos (que é o caso de todas as classes analisadas), a distribuição é a seguinte: habitação (28%), alimentação (14%), transportes (18%), despesas pessoais (14%), saúde (9%), vestuário (6%) e educação (11%). Como ajuste adicional, ele atribuiu ao filho 80% dos gastos com educação. A diferença foi deduzida na mesma proporção dos gastos com habitação e transportes. Halfeld levou em conta que as depesas com educação dentro da família são maiores para os filhos. Para efeito de uniformizar o resultado, a renda familiar foi mantida constante na projeção dos 22 anos, e o resultado final foi distribuído de acordo com a divisão estabelecida pela Fipe."

Classe Média
Renda Mensal da Família: R$ 3.600,00 a R$ 7.200
Habitação: R$ 64.680,00
Alimentação: R$ 42.000,00
Transporte: R$ 30.660,00
Despesas Pessoais: R$ 46.080,00
Saúde: R$ 29.400,00
Vestuário: R$ 18.120,00
Educação: R$ 89.460,00
Total: R$ 320.400,00

Classe Média Alta
Renda Mensal da Família: R$ 7.200,00 a R$ 10.800,00
Habitação: R$ 129.360,00
Alimentação: R$ 84.000,00
Transporte: R$ 61.320,00
Despesas Pessoais: R$ 92.280,00
Saúde: R$ 58.800,00
Vestuário: R$ 36.240,00
Educação: R$ 178.920,00
Total: R$ 640.920,00

Classe Alta
Renda Mensal da Família: acima de R$ 10.800,00
Habitação: R$ 194.040,00
Alimentação: R$ 126.000,00
Transporte: R$ 91.980,00
Despesas Pessoais: R$ 139.200,00
Saúde: R$ 88.200,00
Vestuário: R$ 54.360,00
Educação: R$ 268.380,00
Total: R$ 962.160,00



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