Aí, então, lembrei-me das crianças que vem passando pelo programa Money Camp, das minhas próprias crianças, dos sobrinhos, das crianças de amigos e fui inspirada a partilhar isto com vocês.
A verdade aparente sobre o dinheiro é que ele tem uma linguagem própria e é muito simplista e, pra variar, em virtude das nossas crenças, pensamentos e atitudes é que nós, seres humanos adultos, complicamos tudo.
Temos tido contato com crianças e jovens de diferentes classes sociais e, como dinheiro, as crianças e jovens – independentemente do nível social – são muito simples e têm uma linguagem própria e, por isso, são muito objetivas.
Observo, então, que o dinheiro muito se assemelha a estas crianças e jovens. Veja bem:
- Imagine o seu salário e compare-o a um recém-nascido.
No caso do bebê ele fica lá quietinho.
O mesmo acontece com o seu recebimento ao ser depositado.
Depois de algumas horas você sabe que o bebê deverá ser alimentado (energia de troca).
No caso do seu recebimento, ele precisa circular e você começa a pagar as contas (energia de troca).
Só que, observe a inversão da energia de troca: no caso do bebê, nós o alimentamos e no caso do dinheiro, nós o reduzimos, quando o correto seria alimentá-lo, investindo parte do recebimento para que ele vá crescendo saudável.
Começou a complicação que nós mesmos causamos, mas vamos lá!
Passados alguns anos a criança se desenvolve saudável e cheia de energia porque sabemos que é assim que tem que ser para que continue se desenvolvendo. Às vezes ela cai e se machuca, se levanta, é cuidada e vai crescendo.
Com o dinheiro não deveria ser diferente: tal qual a criança, deveríamos fazê-lo desenvolver-se saudável e cheio de energia porque, no fundo, sabemos que é assim que tem que ser para que continue se desenvolvendo mas, ao invés disto, quando descuidamos e ele escorrega de nossa mão, muitas vezes perdemos o controle total sobre ele e, por alguns meses ( e às vezes anos) ele não nos reconhece mais.
E a criança se transforma em adolescente e, de repente, fica parecida com aquele dinheiro que escorregou de nossa mão: temos que ser fortes para não perdermos o controle e, por alguns anos, ficamos com a sensação que vamos enlouquecer e que essa fase nunca mais irá passar.
E o adolescente se transforma em um jovem adulto. “ Que bom!”, pensamos. “ Aquela fase tempestuosa passou.”
E o pensamento com relação ao dinheiro: “ Que bom! Aquele rombo financeiro acabou.”
Tal qual o jovem adulto, o dinheiro também necessita ser acompanhado de perto e orientado porque senão....lá estão eles novamente se rebelando.
Neste estágio o adulto diz: “ Ah, que saudade de quando ele era um bebê!” e os jovens - como o dinheiro, caso pudesse se expressar - pensam: “ Ah, esses adultos!”.
Definitivamente, dinheiro fala.
Aprenda a linguagem do dinheiro.
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