Imagem extraída do site http://comunidade.papasiri.com |
Da próxima vez que seu avô, sua avó, seu pai ou sua mãe lhe disserem: "Eu sei das coisas porque eu tenho mais experiência" e tal. Não duvide.
O que bate para os mais jovens como chateação, como "praga de mãe" ou "banho de água fria do pai", é apenas o conjunto de dados armazenados pela experiência e percepções de quem já aprendeu muito na "Escola da Vida" entrando em ação.
E, ao invés de ficar de bico e se trancar no quarto, conspirando sozinho, o momento deveria ser aproveitado para uma aprendizagem única até para entender o porque daquela negativa: "Então, conte-me como foi a sua experiência com relação a isso?", " Por que você acha que o que não serviu para você, poderá não servir para mim também?", "E se tentássemos, então, juntos, achar outros caminhos. Podemos tentar? O que você acha?"
Será surpreendente ouvir as histórias que esses senhores e senhoras tem para lhe contar e, melhor, ensinar.
Afinal, aprender com quem já passou pela experiência nos oferece um atalho para uma outra perspectiva: sabermos exatamente o que não iremos querer para nós.
Pense na riqueza da oportunidade e no prazer de quem está tendo a chance de mostrar caminhos a serem escolhidos.
Leia o que Robert Kiyosaki tem para nos contar sobre o erro que ele cometeu com o primeiro negócio que teve na vida e aprenda a aprender até com o erro dos outros.
Ao seu sucesso.
Robert Kiyosaki: "Resisti a fechar a fábrica"
O investidor Robert Kiyosaki conta como, na ânsia de enriquecer rápido, quase prejudicou seus empregados e fornecedores
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"Meu primeiro negócio foi uma fábrica de carteiras de velcro. Estávamos atrás das licenças de nomes de bandas de rock para colocá-los nas carteiras, em 1977. Licenciei gente do mundo todo para fabricar o produto. Era um negócio multimilionário. Infelizmente, eu e meus sócios o administramos muito mal, e a fábrica quebrou.
Tínhamos um custo muito alto e muitos funcionários. Por isso, precisávamos de bastante dinheiro, mês a mês, apenas para funcionar. O tempo passava e não conseguíamos receber o dinheiro dos licenciados. Estávamos apenas perdendo dinheiro, pagando as contas. Corríamos o risco de não conseguir pagar nem os salários dos funcionários. Continuamos pensando ‘conseguiremos resolver isso’, mas o negócio estava morto. Só não admitíamos. Meu pai olhou nossas contas e afirmou de forma bem direta: ‘Ou vocês são vigaristas, ou burros... ou os dois’.
Pessoalmente, meu desejo de ser rico e bem-sucedido chegou a me fazer considerar escolhas que, se postas em prática, não teriam sido honestas comigo mesmo. Apenas para manter o negócio funcionando, estávamos adiando o pagamento a pessoas a quem devíamos dinheiro. Muita gente poderia ter sofrido, financeiramente. Felizmente, fiz o que era certo. Integridade é muito mais importante que o sucesso momentâneo ou o aparente sucesso. Os vigaristas sempre perdem no final.
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Depois da conversa com meu pai, eu e meus sócios fizemos o que era preciso – liquidamos o negócio, pagamos os fornecedores e honramos a folha de pagamentos. Aprendi a ser honesto comigo mesmo, com meu negócio e minha falta de liderança. Queria tanto ser bem-sucedido que ignorei a realidade, e a empreitada virou um erro. Como em todos os erros, aprendi muito. Aquela falha me ajudou a ser mais bem-sucedido depois. A maior lição que aprendi foi que integridade é a qualidade mais importante para um empreendedor e investidor. A segunda maior lição foi prestar muita atenção à saúde de meus empreendimentos e investimentos. E ser brutalmente honesto sobre isso. Agora, consigo identificar problemas de longe e cuidar deles antes que cresçam a ponto de matar um negócio."
Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2012/12/robert-kiyosaki-resisti-fechar-fabrica.html