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Por Silvia Alambert, educadora financeira The MoneyCamp Brasil
No Brasil e no resto do mundo, milhares de pessoas já passaram por situações nas quais não conseguiram evitar o endividamento. Se você já passou por essa situação sabe que são inúmeras conseqüências negativas: estresse, queda de rendimento no trabalho, desânimo, entre outras. Por isso, algumas organizações já perceberam que a educação financeira é uma aliada à produtividade e à qualidade de vida do seu “elenco”. Além disso, permite que o funcionário passe a ter um novo olhar sobre as possibilidades de sua vida financeira e passe a entender que ele é o responsável pelas suas escolhas com seu próprio dinheiro.
Isso é possível, pois, educar financeiramente é transmitir o conhecimento necessário e fornecer ferramentas para que as pessoas possam realizar uma auto-análise e visualizar de forma clara sua situação financeira atual e direcioná-la a escolhas financeiras mais saudáveis e inteligentes, ao mesmo tempo em que permite que compreendam diferentes tipos e formas de investimento como oportunidades para seu perfil ou situação financeira. Para que os resultados sejam extremamente satisfatórios, é necessário que seja feito um acompanhamento (coaching) e que estes benefícios sejam reais na vida das pessoas.
Essas colocações evidenciam que cada vez mais, transmitir estes conceitos para colaboradores pode ser positivo, tanto para o empregador tanto para o empregado. Isso porque uma pessoa endividada resultará em um colaborador improdutivo, já que dívidas geram estresse, ansiedade e perspectivas de um futuro sem grandes conquistas. Por isso é que acredito que a educação financeira se tornará cada vez mais uma grande aliada das empresas, pois, o recurso mais valioso dentro de uma empresa é o seu “elenco” e por isso, a saúde financeira de seus funcionários será cada vez mais um pilar da boa governança.
É importante destacar que a implantação de um método de educação financeira requer todo um esforço conjunto que deve ser pensado pelas duas partes: o empregador e o beneficiado, já que se trata também, na maioria dos casos, assunto de interesse do próprio colaborador. Assim exposto, creio que da mesma forma de quando foi implantado o benefício do plano de saúde que inicialmente era pago integralmente pelo empregador e ao longo dos anos achou-se uma forma compartilhada de gerenciar estes custos, ou seja, à medida que os investimentos em benefícios aumentaram, o empregador passou a arcar com parte do investimento e o colaborador com uma outra parte, acredito fortemente que a educação financeira também deva ser colocada desta forma nos próximos anos.
E depois de todos os esforços de ambas as partes para atingir todos os objetivos, os resultados podem ser surpreendentes. Colaboradores motivados que vêem “a luz no fim do túnel”, amparados por empregadores que se preocupam em vê-los crescendo financeiramente, são colaboradores que se tornam empoderados para que cumpram suas metas e objetivos profissionais e pessoais com extrema satisfação e tranqüilidade. À medida que passam a entender que podem e conseguirão sair da linha do endividamento e entrar na linha da prosperidade, todo o comportamento muda e é por isso que a educação financeira é poderosa, porque ela transforma a vida emocional do indivíduo, levando-o de um estado emocional de aflição e angústia para outro oposto.
Como educadora financeira acredito que a procura de uma metodologia eficaz para funcionários normalmente vem seguida de observações a necessidades específicas apresentadas pelos próprios funcionários à empresa. Atender os pontos sobre os quais as empresas buscam auxílio, seja relacionado a planejamento financeiro, investimentos (previdência privada, ações e outros) até a formação integral do funcionário para que ele possa entender a forma como trata suas finanças pessoais e entenda a importância de se educar financeiramente para crescer de forma sustentável, ‘recomeçando” do zero e partindo para a criação de riqueza em sua vida, é o caminho ideal.
Depois de todas estas análises, o conteúdo deve ser aplicado de forma vivencial e prática fazendo com que a aprendizagem financeira seja simples e sem complicações podendo ser imediatamente levada para a vida real e passe a ser aplicada no mesmo dia entre o indivíduo e a família.
Silvia Alambert é educadora financeira e detentora da metodologia de ensino The Money Camp para a educação financeira no Brasil (www.themoneycamp.com.br).
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