(Publicado por Vila Sucesso em 08.07.2009)
De um lado, mais famílias paulistanas conseguiram se livrar de parte das suas dívidas no mês passado, entretanto, muita gente está devendo na praça quando usa cartões de crédito.
Conforme a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), apesar da população reduzir seus débitos, entre maio e junho, de 52% para 49%, as dívidas passaram de 58% para 63% por meio de pagamentos com cartões.
“As taxas de juros encontradas nessa modalidade continuam altíssimas, superiores a 10% ao mês. Sugerimos um planejamento que separe 55% da renda da família para artigos de sobrevivência, para as contas do mês. Porém, o que vemos é um comprometimento de um percentual bem maior em despesas fixas, o que leva as pessoas a utilizarem ‘rotas de fuga’”, afirma a educadora financeira Silvia Alambert, diretora-executiva do programa de ensino The Money Camp no Brasil.
Segundo a Fecomercio, o aumento do percentual de endividamento nessa modalidade se deve ao maior volume de crédito disponível ao consumidor, em todos os segmentos. Para Silvia, o sentimento de que a crise financeira chegou ao fim traz bons reflexos à macroeconomia, mas pode ser devastador ao orçamento familiar. “Uma das principais mensagens de educação financeira que transmitimos é ‘se você não pode comprar algo à vista, é porque não deve comprar’”, afirma.
A dica é usar o cartão de crédito apenas em situações específicas, e somente quando tiver recursos para cobrir rapidamente os custos. Os juros são impagáveis caso entre no rotativo ou permaneça usando o limite do cheque especial por um período longo.
Conforme a Associação Pro Teste dos consumidores, o crédito consignado pode ser uma saída, mas é preciso cautela na contratação, afinal, ele tem desconto em folha de pagamento, e você pode ficar sem recursos para outras despesas domésticas também essenciais.
Há sempre margem de negociação, principalmente no cartão de crédito. Com juros altíssimos, dá sempre para baixar o valor total da dívida. Neste caso, a associação aconselha procure a administradora do cartão para conseguir um acordo.
Por Juliana Lopes
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