segunda-feira, 16 de julho de 2012

Como Domar a Inflação de Férias


Imagem: Shutterstock

EM CASA OU EM VIAGEM, MAIOR DEMANDA DOS FILHOS 

POR GULOSEIMAS E RECREAÇÃO CONSOME 12% DO ORÇAMENTO 

NO PERÍODO FORA DA ROTINA ESCOLAR

Luciane Macedo _247 - As férias escolares consomem cerca de 12% do orçamento familiar durante o mês de julho, quando crianças e adolescentes gastam mais com lanches e guloseimas, lazer e recreação. O desafio de manter as contas no azul fica ainda mais difícil, pois os pais precisam separar uma parcela maior de seus rendimentos para atender as demandas dos filhos e ainda domar a inflação de férias, seja dentro de casa ou em viagem.
A maioria dos itens mais consumidos na cesta de férias, do sorvete ao ingresso de cinema, subiu acima da inflação, mostra pesquisa da Fundação Getúlio Vargas. E o golpe no bolso é ainda maior para quem escolheu viajar, pois os preços dos hotéis foram os que mais aumentaram, nos últimos 12 meses, entre 23 itens de uma cesta de férias elaborada pelo economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV.
A lista da inflação de férias foi dividida em dois grupos: alimentos e serviços (veja abaixo). Em ambos os casos, houve aumento acima da inflação medida pelo IPC/FGV nos últimos 12 meses, até junho de 2012, que foi de 5,37%.
Entre os alimentos, os que registraram as maiores altas de preços foram refrigerantes e água mineral (9,36%), batata frita (8,13%) e sorvetes e picolés (8,10%). Entre os serviços, hotéis (11,72%), clubes de recreação (8,34%) e cinema (8,18%) estão no topo da lista dos que mais encareceram nos últimos 12 meses.
Mas se não dá para escapar da demanda dos filhos, o jeito é diversificar as opções para não cair sempre nos gastos mais salgados, recomenda a educadora financeira Silvia Alambert, diretora-executiva do Money Camp no Brasil e que estreia, em agosto, como colunista das rádios da BM&FBovespa. Segundo Silvia, a questão das finanças durante as férias escolares não envolve apenas números, mas, também, controle emocional dos pais.
"Trinta dias fora da escola custam caro porque, em época de aula, há toda uma programação de atividades para ocupar o tempo dos filhos, e estes gastos já estão todos programados no orçamento familiar: a aula de inglês, de dança, de natação", explica a educadora financeira. "No recesso escolar, geralmente entra tudo de férias ao mesmo tempo, então eles têm energia para queimar e nada para fazer", assinala. "O importante é que eles não fiquem entediados dentro de casa, porque aí os pais chegam do trabalho cansados e vão acabar gastando mais nas opções mais práticas, pedindo pizza no jantar e levando ao shopping".
O ideal é planejar antes os gastos de férias, mas também dá para diversificar as atividades dos filhos para não comprometer as finanças familiares além da conta, recomenda Silvia. "Tem uma vasta programação de férias que é de graça, então dá para fugir de despesas mais caras que não foram planejadas intercalando as opções de lazer", orienta a educadora financeira. "Ao mesmo tempo em que levam ao cinema e ao shopping, os pais podem incluir passeios que pesam menos no bolso, como andar de bicicleta no parque e tomar um sorvete".
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 Inflação de férias: guloseimas e recreação mais caros

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