O que é felicidade para você?
Costumamos fazer esta pergunta às nossas crianças e recebemos respostas das mais variadas: é ter muito dinheiro, é ter uma Ferrari, um barco, é poder ter um cachorro, é ter um DSi, é conhecer a Disney, é não ver meus pais discutirem, é tirar boas notas, é meu pai voltar a morar em casa, é ser uma família unida, é quando minha mãe fica em casa comigo brincando, comer chocolate fora de hora, é encontrar minha prima nas férias, etc etc etc.
Ou seja, felicidade, como todos os nossos sonhos, é pessoal, um estado de espírito e não está necessariamente atrelada ao dinheiro.
Que tipo de pessoas, então, são as pessoas felizes? As que tem mais dinheiro ou as que tem menos dinheiro?
Não importa. As pessoas felizes, são as pessoas que se sentem felizes, independentemente da quantia de dinheiro ou do estilo de vida que elas tenham ou levem.
Prova disso, como você poderá conferir na matéria abaixo, há quem seja multimilionário e, ainda assim, não consiga se sentir feliz.
É loucura???? Depende.
Depende do que te move a se sentir feliz.
Milionário doa fortuna que o fez infeliz
Mais um exemplo da estranha associação que algumas pessoas insistem em fazer entre “dinheiro” e “felicidade”…
Publicado no jornal “The Daily Telegraph” em 08/02/2010
Por: Henry Samuel
Tradução de: André Massaro (www.moneyfit.com.br)
Karl Rabader, 47, um homem de negócios de Telfs, na Áustria, está em vias de vender sua luxuosa mansão de mais de mil metros quadrados com lago, sauna e uma espetacular visão dos Alpes, com valor estimado de 1,4 milhão de libras esterlinas.
Também está à venda sua belíssima casa de campo em Provence, com 17 hectares próximos à costa, por 613 mil libras. Já foram vendidos sua coleção de seis paragliders por 350 mil libras e um automóvel Audi A8 no valor de 44 mil libras.
O Sr. Rabader também se desfez de seu negócio de decoração e acessórios para casa – que fazia de vasos a flores artificiais – responsável por sua fortuna.
“Minha idéia é não deixar nada. Absolutamente nada.” Disse ele ao The Daily Telegraph. “Dinheiro é contraproducente – ele impede que a felicidade chegue a nós.”
Para isso, ele irá se mudar de seu luxuoso refúgio alpino para uma cabana nas montanhas ou um simples “kitchenette” em Innsbruck.
“Por muito tempo eu acreditei que mais riqueza e luxo significavam mais felicidade,” disse ele. “Eu venho de uma família muito pobre onde a regra eram trabalhar duro para conseguir mais bens materiais, e eu segui essa regra por muitos anos,” diz o Sr. Rabeder.
Mas com o tempo, ele acabou desenvolvendo uma outra sensação conflitante.
“Mais e mais eu ouvia as palavras: ‘Pare o que você está fazendo agora mesmo – todo esse luxo e consumismo – e comece sua verdadeira vida,” disse ele. “Eu tinha a sensação que estava trabalhando como um escravo por coisas que eu não desejava nem precisava. E tenho a sensação de que muitas pessoas estão se questionando a mesma coisa.”
No entanto, por muitos anos ele afirma que não foi suficientemente “corajoso” para desistir de todas as benesses de sua confortável existência.
O ápice veio quando ele estava em férias de três semanas com sua esposa em ilhas do Havaí.
“Foi o maior choque de minha vida quando eu percebi o quão horrível, vazio e desprovido de sentimentos era o estilo de vida luxuoso,” disse ele. “Nessas três semanas, nós gastamos todo o dinheiro que alguém é capaz de gastar. Mas ao mesmo tempo, tínhamos a sensação de não termos encontrado uma única pessoa verdadeira – que éramos todos atores. Os funcionários e atendentes faziam o papel de serem amigáveis e atenciosos, os hóspedes faziam o papel de pessoas importantes, e ninguém era real.”
Ele teve pensamentos de culpa semelhantes durante viagens para a América do Sul e a África para voar de paraglider. “Eu tinha uma crescente sensação de que havia uma conexão entre a nossa riqueza e a pobreza deles,” disse ele.
Subitamente, ele percebeu que “se não fizesse agora, não faria pelo resto da vida.”
O sr. Rabeder decidiu “rifar” sua casa nos Alpes, vendendo 21.999 rifas ao valor de 87 libras cada. A casa em Provence está atualmente à venda com um corretor de imóveis local.
Todo seu dinheiro será doado para instituições de caridade que fazem microcrédito, que oferecem pequenos empréstimos na América Latina e conduzem trabalhos de apoio para trabalhadores autônomos em l Salvador, Honduras, Bolivia, Peru, Argentina e Chile.
Desde que vendeu seus bens, o sr. Rabader diz que se sente “livre, leve e solto”.
Mas ele afirma que não julga as pessoas que optam por manter sua riqueza. “Eu não tenho o direito de dar palpites a quem quer que seja. Eu estava apenas ouvindo à voz em meu coração e minha alma.”
Seja feliz. Simplesmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja o primeiro a comentar.