Artigo escrito por Andressa Costa Gestora e educadora financeira; Consultora de língua inglesa; Orientadora educacional da Planeta Educação; Professora de língua inglesa com vasta experiência em todos os níveis de ensino (básico, intermediário e avançado) e em todas as faixas etárias (crianças, adolescentes e adultos). E-mail: andressa.costa@fk1.com.br
Fonte: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=2417
Segundo o site Valor Econômico, uma pesquisa realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) mostra que a parcela de famílias inadimplentes no Brasil aumentou consideravelmente em fevereiro de 2013.
Tal situação não é nenhuma novidade em um país em que a mídia reforça o consumismo compulsivo, o imediatismo e estimula as “facilidades” de crédito e pagamentos a prazo.
Além disso, o Brasil não possui uma cultura em que os pais ensinam seus filhos a serem empreendedores financeiros.
Nós nunca aprendemos com nossos pais e avós a poupar, a investir ou a ter o próprio negócio.
Sempre aprendemos a trabalhar para pagar as contas e não ficar no vermelho no fim do mês.
Mas isso é suficiente? Creio que o indicador acima prova que não.
Educação Financeira não é só uma questão de se ter uma planilha de controle de gastos e conseguir fazer sobrar um dinheirinho depois de pagar todas as contas do mês.
É uma questão de disciplina e de escolhas. É saber fazer o dinheiro trabalhar a seu favor para a realização de sonhos e de um futuro sustentável.
Por isso, Educação Financeira deve ser ensinada na escola, sim!
Em 2010, foi instituída a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), criada com o apoio do Banco Central do Brasil, da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), da Secretaria de Previdência Complementar, da Susep (Superintendência de Seguros Privados, da Bolsa de Valores de SP – BM&F Bovespa) e outras instituições.
Tal estratégia tem como objetivo tornar a Educação Financeira uma nova disciplina na matriz curricular, a princípio, do Ensino Médio.
Foram realizados projetos-pilotos em algumas escolas do país, mas não houve a expansão necessária do projeto (até o momento). Por quê?
Por falta de professores capacitados? Por falta de uma metodologia adequada? Provavelmente sim.
Precisamos formar nossos professores, ou novos professores, para o tema específico e trabalhar de uma forma inovadora na sala de aula.
Usar cartilhas e livros para passar a teoria (como no modelo tradicional de ensino) não é suficiente.
O que nossos alunos precisam é de contextualização. Isso mesmo! Atividades que promovam situações reais.
O jogo, por exemplo, é uma atividade de contextualização fantástica, pois faz com que os alunos absorvam, de fato, o conteúdo enquanto se divertem. Aliás, o jogo é muito eficaz até para ensinar adultos.
Nossos alunos precisam aprender sobre o nosso Sistema Financeiro Nacional, sobre poupança e investimentos, ações e taxas que interferem nas nossas finanças etc.
E, se isso não for passado de uma maneira prazerosa, não causará a transformação que esperamos.
Segundo a educadora financeira Silvia Alambert, não importa quantos salários você ganha, e, sim, como você administra qualquer quantia que venha a receber. Quem sabe administrar bem R$1,00 saberá administrar bem R$1.000.000,00.
Para concluir, observe mais uma citação de Silvia Alambert: “É melhor dizer ao seu dinheiro para onde ele vai do que perguntar, depois, para onde ele foi”.
Essa é a lição que nossos alunos precisam aprender.
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