domingo, 24 de maio de 2009

A Segurança Financeira das Crianças e Jovens


Conversar com crianças sobre dinheiro, infelizmente, ainda é um tabu.

Resumimo-nos a dizer: "Hoje não dá." ou "Tudo bem, pode comprar."

Recebo, por vezes, questionamentos vindos de adultos do tipo: "Nossa, não é perigoso conversar com crianças sobre dinheiro?"

Eu digo que perigoso é atravessar a rua, descer de bicicleta em ladeira, até jogar futebol pode ser perigoso.

Qual é o maior perigo que poderá existir ao conversar sobre dinheiro com uma criança?

a) Ela descobrir que o dinheiro é um meio circulante e que necessitamos dele para realizarmos nossos sonhos?

b) Ela descobrir que o dinheiro é um meio e não um fim?

c) Ela descobrir que para realizar algo maior em sua vida ela terá que trabalhar, poupar e investir?

d) Ela descobrir que ela e somente ela é responsável pelas escolhas financeiras que ela fizer durante a vida dela?


Sinceramente, isto é perigoso?


Agora pergunte-se e reflita sobre os perigos de não conversar com as crianças sobre dinheiro.


Como todos os outros aspectos que são necessários para que a criança cresça forte e segura, a segurança financeira se dá a partir do momento em que uma criança entende o meio em que ela vive.

Se você alimentá-la ou suprí-la com informações incoerentes à sua realidade de vida, é bem provável que sua criança nunca se sinta confortável com relação ao dinheiro, simplesmente porque ela não entende como você diz uma coisa e age de forma diferente.


Portanto, a segurança financeira se constrói enquanto, vocês pais-educadores, naturalmente, conversam com suas crianças abertamente sobre os acertos e erros que já cometeram com dinheiro, sobre seu melhor investimento (mas deixe aquela estória de "meu melhor investimento foi você...". Acho que as crianças não tem dúvidas sobre isto.), sobre seu pior investimento, conte estórias reais quando for utilizar o cartão de crédito, para que ele serve, de quem é aquele dinheiro que você está tomando emprestado e que pagará a administradora em um mês quando chegar a fatura, etc.


Assim, de forma natural, você vai construindo a relação de confiança e tranquilidade que seu filho necessita para sentir-se seguro com relação ao seu próprio dinheiro no futuro.


Surpreenda-se.

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