Quando as crianças do programa The Money Camp trazem a entrevista que fazem com os pais perguntando-lhes qual foi o melhor e o pior investimento financeiro já realizado ao longo de suas vidas, em sua maioria apontam o mesmo tipo de investimento como sendo o melhor e o pior.
Por exemplo, muito pais apontam que o seu melhor investimento financeiro foi no mercado de capitais e o pior, no mercado de capitais ou em imóveis ou em um negócio.
Portanto, investimentos financeiros são quase como uma relação de amor e ódio, de desejo, mas de medo e como grande parte das pessoas tem aversão a risco com dinheiro e odeiam sentir-se inseguras, simplesmente deixam de investir ou partem para investimentos de menor risco e, com isso, de menor ganho.
É bem provável que isso aconteça por conta de uma única situação, além da questão emocional: o desconhecimento sobre o tipo de investimento que se está realizando.
É muito comum ouvirmos de um amigo ou parente que alguém fez um determinado tipo de investimento e se deu bem.
Sem muita pesquisa, conhecimento, informação de outras pessoas, avaliação do grau de risco do investimento ou mesmo de um auto conhecimento sobre o perfil financeiro, ver muitas pessoas se lançarem ao mar, sem sequer saberem dar uma braçada, também é muito comum.
O que pode dar certo para um, não significa necessariamente que dará para o outro, porque quando se trata de investimentos de alto risco, não há garantias de que o que ocorreu no passado se repetirá da mesma forma no momento seguinte.
Adquirir o conhecimento necessário ANTES de investir dinheiro, seja lá no que for, é o fator mais importante para dar o ponta pé inicial.
Além do mais, é importante saber que ainda assim o risco existirá, mas conhecer estratégias que possam minimizar eventuais perdas,já é um passo para que a pessoa se sinta mais segura com relação ao que ela está realizando.
Ao contrário daqueles que simplesmente sem entender nada, só resta se desesperar.
Lembro-me bem de um desses casos desesperadores que eu presenciei, por volta de 1994, quando na região da Vila Olímpia, em São Paulo, moradores de uma determinada rua tiveram seus imóveis depreciados e desapropriados, porque por ali passaria a Nova Faria Lima. Uma vizinha do quarteirão que teve seu imóvel desapropriado, chorando me disse: "Moro aqui desde que nasci. Para onde eu vou com isso que eles querem me pagar?"
Quem imaginaria que um imóvel naquela localidade simplesmente perderia seu valor daquela forma abrupta, em nome do progresso? Foram avisados com antecedência, mas muitos não quiseram acreditar que aquilo aconteceria algum dia.
Por essas e outras histórias é que as pessoas parecem ter ainda tanta aversão a investimentos financeiros de maior grau de risco, mas vale lembrar que tudo na nossa vida é um risco e o risco existe para ser administrado e não para que se fuja dele ou finja que está tudo indo bem e que assim continuará para sempre.
Quem não corre riscos também perde oportunidades excelentes de negócios em qualquer área de investimento, isso porque o medo paralisa ou te põe pra correr milhas e daí, pronto: a oportunidade se foi.
Por isso, atreva-se mais, arrisque-se mais, sem precisar com isso, se colocar em risco desnecessário. Tome as rédeas de sua vida financeira e pise fundo no conhecimento.
Quem conhece muito bem em que terreno está pisando, calcula também o grau de risco que se propõe a correr.
Não desista de querer melhorar sua condição financeira atual por conta do medo de se arriscar.
Eduque-se financeiramente. Invista conscientemente.
"Alguém está sentado na sombra hoje porque alguém plantou uma árvore há muito tempo." - Warren Buffett
Quer conhecer um pouco sobre a História do Mercado de Capitais? Comece aqui. http://www.portaldoinvestidor.gov.br/
Se gostar do que ler, aprimore-se. Sempre.
À nossa prosperidade.