domingo, 30 de dezembro de 2012

Seja apenas outra alma humana

Imagem: http://www.bettys.com.br/tag/dalai-lama/

"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." ~ Carl Jung

  INSTRUÇÕES PARA A VIDA
 
1. “Leve em consideração que grandes amores e conquistas envolvem grande risco.

2.  Quando você perder, não perca a lição.

3.  Siga os três R’s: Respeito a si mesmo, Respeito aos outros, Responsabilidade por todas as suas ações.

4.  Lembre-se que não conseguir o que você quer, é algumas vezes um grande lance de sorte.

5.  Aprenda as regras de maneira a saber quebrá-las da maneira mais apropriada.

6.  Não deixe que pequenas disputas firam uma grande amizade.

7.  Quando você perceber que cometeu um erro, tome as providências e corrija-o imediatamente.

8.  Passe algum tempo sozinho todos os dias.

9.  Abra seus braços para mudanças, sem abrir mão de seus valores.

10. Lembre-se que o silêncio é algumas vezes a melhor resposta.

11. Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e pensar no passado, poderá obter prazer uma segunda vez.

12. Uma atmosfera de amor em sua casa é o alicerce para a sua vida.

13. Em discordância com entes queridos, trate apenas da situação corrente. Não levante questões passadas.

14. Compartilhe o seu conhecimento. Esta é uma maneira de alcançar a imortalidade.

15. Seja gentil com a Terra.

16. Uma vez por ano, vá a algum lugar que você nunca esteve antes.

17. Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor mútuo excede o amor que cada um precisa do outro.

18. Julgue o seu sucesso por aquilo que você teve que abrir mão para consegui-lo.


19. Entregue-se ao amor e à culinária com total abandono."

(Dalai Lama)


À sua prosperidade.

sábado, 29 de dezembro de 2012

PIB VS Inflação. Dinheiro move o mundo



Superficialmente, PIB é a sigla para Produto Interno Bruto e representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região ou país, durante um período determinado.

O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia (do grego: μακρύ-ς /ma΄kri-s/ grande, amplo, largo e οικονομία /ikono΄mia/ lei ou administração do lar) é uma das divisões da ciência econômica dedicada ao estudo, medida e observação de uma economia regional ou nacional como um todo) e tem o objetivo principal de mensurar a atividade econômica de uma região ou do país. 
Então, PIB é a soma de toda a riqueza produzida em um país, medida dentro de um período de tempo.

Inflação

No sentido literal, o termo inflação significa o efeito de inflar ou inchar. Em Economia, é um conceito que designa o aumento continuado e generalizado dos preços dos bens e serviços. Há uma acentuada diminuição do poder de compra devido a vários fatores, como por exemplo, o rendimento salarial que não sofre alteração.
Uma das causas da inflação é o aumento da emissão de papel-moeda pelo Governo para cobrir os gastos do Estado. Quando isso acontece, um maior volume de dinheiro entra em circulação no mercado, mas não houve criação de riqueza ou aumento de produção. Em consequência,  e neste caso, é exigida maior quantidade de dinheiro para adquirir a mesma quantidade de produto, resultando em inflação (quem tem ido ao supermercado mensalmente sabe bem o que é isto).
PIB VS Inflação
Para que uma Nação cresça é necessário que se faça crescer o seu PIB e isso somente acontece quando temos atividade econômica aquecida, ou seja, é preciso gerar empregos, para que as pessoas possam receber salários e, assim, colocarem parte do dinheiro para circular, através da aquisição de bens e serviços disponíveis e, então, as empresas continuam produzindo, investindo e crescendo, gerando mais empregos, para que mais pessoas trabalhem e coloquem parte do dinheiro para circular, para que as empresas continuem produzindo e crescendo, para que tenha uma economia acelerada e seja considerada uma Nação próspera. É igual a subida da roda gigante.
Ao contrário, quando em algum momento e por motivos diversos (crises, políticas econômicas internas e externas, interferência do governo no curso das empresas, aumento da inadimplência, etc, etc, etc),  ocorre um arrefecimento da atividade econômica, as pessoas passam a sentir seus efeitos e começam a gastar menos e com isso as empresas desaceleram também a sua produção e veem a necessidade de  "enxugar" os postos de trabalho e, com isso, vem o desemprego, que faz com que mais pessoas deixem de colocar o dinheiro para circular e com menos pessoas adquirindo bens e utilizando-se dos serviços disponíveis, as empresas passam a produzir menos e...com o passar de poucos anos a situação torna-se preocupante, pois a soma da riqueza da produção (PIB) de uma região ou país torna-se fraca. É igual ao momento de descida da roda gigante.
Assim, nossa economia é acelerada ou desacelerada de acordo com a forma como o dinheiro circula em nossa região, em nosso país, pelo mundo.
AINDA QUE TUDO SEJA TRANSITÓRIO NESTA VIDA, quando se trata de dinheiro ninguém gosta de ficar à deriva, subindo e descendo, sem saber para onde ir e à espera de uma retomada do curso da roda gigante  pelos criadores de políticas.
Tenha você as rédeas de sua vida financeira.
Eduque-se financeiramente, pois a grande diversão da roda gigante é saber apreciar a paisagem de todos os ângulos.
Ao seu sucesso financeiro.






domingo, 23 de dezembro de 2012

Só sei que nada sei


“Só sei que nada sei.” ~ Sócrates

A Flor de Lótus é capaz de crescer e desenvolver-se na escuridão do lodo, buscar a luz, emergir para a superfície e  abrir as suas flores, mas somente após se erguer além da superfície, em total celebração à sua conquista.
Sem dúvida alguma, a Flor de Lótus envolve vários aspectos da vida e é fato que nossa mente se expande à medida que recebemos novos conhecimentos e passamos a ter novas idéias.

Há até uma famosa frase atribuída a Einstein que bem comunica isto:  “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.”

Ao nos erguemos dos fluidos turvos da ignorância e transformarmos o poder tenebroso e sombrio da profundidade em luz radiante da consciência, é óbvio que não mais iremos querer voltar ao estado anterior de ignorância, pois o conhecimento adquirido nos induz a questionamentos sobre a nossa própria conduta perante diversos aspectos de nossa vida.

Portanto, isto significa dizer que, diferentemente da Flor de Lótus, nós, seres humanos capazes de pensar, temos possibilidades infinitas de criar situações que nos levam à nossa própria expansão, para que possamos  escolher os caminhos que poderão melhorar significativamente todos os aspectos de nossa vida e que certamente impactarão a vida de outras pessoas. Inclusive, o aspecto financeiro.

Veja bem: a Flor de Lótus, por algum motivo ainda considerado um mistério aos cientistas, traz na semente profundamente escondida na escuridão da terra, o impulso não adormecido para se voltar à luz. Da mesma forma, o ser humano mesmo no estado da mais profunda ignorância, carrega consigo o impulso não adormecido para uma maior consciência e conhecimento.

O que aprendemos com a Flor de Lótus?
A resposta é simples: pelo fato dela não ser manipulada nem pelo lodo e nem pela água: ela segue livre o seu impulso de buscar a luz, apesar de toda a dificuldade.

Então fica assim. O fato de estar com as raízes fincadas na terra, nada impede que você tenha sua cabeça erguida em direção à luz.

Em 2013, supere-se, resista, persista. Deixe sua zona de conforto, busque conhecimento, siga seu impulso, erga-se em direção à sua luz e vá ser feliz.

Ao seu sucesso financeiro.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Você,o Everest e suas Finanças

Imagem: adventure.nationalgeographic.com


São seus hábitos e crenças - e não a quantia de dinheiro que você faz mensalmente - que podem lhe levar ao topo da sua escalada financeira ou lhe deixar estagnado ao pé da montanha, olhando e imaginando como seria bom se você soubesse escalar.
"O Monte Everest está situado literalmente no topo do mundo, elevando-se a 8.850 metros (29.035 pés) acima do nível do mar. Assim que foi coroado como a montanha mais alta do mundo, os alpinistas inevitavelmente sentiram-se tentados a escalá-lo. E muitos falharam. Enquanto mais de 2 mil pessoas tiveram sucesso, praticamente 200 perderam suas vidas tentando a escalada.
Então, por que escalar o Everest? A resposta mais famosa para essa pergunta veio do alpinista George Mallory: "porque está lá."
·         em 1963, James Whittaker tornou-se o primeiro americano a alcançar o cume do Everest;
·         em 1975, uma mulher japonesa chamada Junko Tabei tornou-se a primeira mulher a chegar no topo;
·         em uma incrível jornada, o americano Erik Weihenmayer tornou-se a primeira pessoa cega a escalar o Everest em 2001.

Após o sucesso da chegada ao pico em 1953, mais e mais alpinistas começaram a chegar ao Everest, com a intenção de imitar os primeiros escaladores."
“Ei”, você pode estar se perguntando, “ e o que isso tem a ver com as minhas finanças?”.
Pelo simples fato da oportunidade de investir dinheiro ”estar lá” para todos os que queiram investir, tanto quanto o fato do Everest “estar lá” para os alpinistas que queiram escalá-lo, então, tem tudo a ver.
A Subida
Tanto no caso dos alpinistas do Everest quanto na sua escalada financeira pessoal, o que importa de fato - por mais incrível que pareça - não é o ponto final, mas os desafios da subida; o desejo profundo de querer encarar e acreditar que você pode superar a si mesmo.
"Ida e volta, a maioria das viagens ao topo do Everest leva cerca de dois meses e meio. Para uma aproximação do sul, os escaladores normalmente voam até Katmandu e passam vários dias comprando suprimentos e conseguindo vistos de viagem. De Katmandu, eles voam para Lukla e viajam por terra até o acampamento base, onde se preparam para a escalada. Até o acampamento base está situada a grande altitude, assim a jornada deve progredir gradualmente, geralmente levando uma ou duas semanas."
Estas são informações muito superficiais, já que quando uma pessoa decide que irá escalar o Everest ela começa a se preparar com muita antecedência, pois ela precisa estudar e aprender os detalhes sobre o que enfrentará, a fim de minimizar seus riscos, adquirir as ferramentas corretas que precisará utilizar, as roupas mais adequadas para sofrer menor impacto, realizar exames, preparar-se física e psicologicamente  uma vez que tem consciência de que o risco existe, é grande, mas esta pessoa está determinada a realizar o grande feito de sua vida.
Como na escalada do Everest, a escalada financeira pessoal também se inicia com um preparo. 
Para iniciar sua escalada financeira pessoal é preciso que você se prepare, eduque-se financeiramente e entenda porque você quer realizar esta escalada, mentalize o prazer de sua conquista, liberte-se de seus medos e crenças com relação ao dinheiro, passe a criar hábitos financeiros saudáveis, crie um plano de economia e gastos, respeite seu perfil financeiro, receba as instruções com quem já realizou a subida antes de você e inicie a sua própria subida. Tudo isso deve ser realizado de forma coordenada e gradual.
À medida que você se sinta mais seguro, você desejará dar mais um passo adiante e mais um passo e mais outro, pois compreenderá que o risco existe em todos os níveis, mas você estará preparado para enfrentá-lo, pois terá o seu “sherpa” - neste caso um especialista financeiro – auxiliando-o a utilizar as técnicas e ferramentas que irão ajudá-lo a minimizar os riscos e que irão encorajá-lo a continuar seguindo.
Obviamente, esta é apenas uma analogia e embora haja momentos de tensão nas questões relacionadas a investimentos, você não precisará entrar na “zona de morte” ( Os níveis de oxigênio no pico é de apenas um terço do encontrado ao nível do mar. Seres humanos não podem sobreviver por um longo período de tempo em uma elevação acima de 8 mil metros, o que é conhecido no Everest como "zona da morte").
O que demonstramos aqui é que tanto para escalar o Everest quanto para dar início à sua escalada financeira pessoal é preciso ter aquela determinação dos que sabem onde querem estar e, definitivamente, dúvidas e hesitações não fazem parte dos que querem alcançar seus objetivos.
Não há pressa. O seu ritmo e o seu limite é você quem impõe.
O importante é se preparar para começar a subida, subir e não desistir.
Na escalada financeira pessoal é assim: uns chegam antes, outros chegam depois, mas se houver determinação e disciplina todos podem chegar àquele lugar chamado “independência financeira”.
Independência Financeira é quando a quantidade de dinheiro que você tem trabalhando para você excede os gastos do estilo de vida que você escolher viver. Em outras palavras, mesmo que você deixe de trabalhar hoje, o dinheiro oriundo de seus investimentos conseguirá manter o seu estilo de vida até quando você bem quiser.
Vai iniciar a sua subida quando?

Ao seu sucesso financeiro.

Fonte: http://esporte.hsw.uol.com.br/escalada-do-everest.htm

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Feliz 2013!


Quando chega o final do ano é muito comum que as pessoas façam uma retrospectiva sobre aquele ano que se vai e é também muito comum que elas se deem conta de que menos da metade de suas promessas foram cumpridas. Isto acontece porque a maioria das pessoas acaba por criar expectativas altas com relação ao ano vindouro e se atira sobre ele como se fosse o  solucionador de todas as coisas que deixaram de ser realizadas até então.
Sonhos que em termos financeiros são de médio ou longo prazo passam a ser sonhados no curto prazo (sim, um ano é um curto prazo!) e com isso acabam se perdendo pelo caminho já que, no fundo, a mente sabe que um desejo de realização mais complexo terá que esperar um pouco mais, caso nenhum planejamento financeiro tenha sido feito anos antes.
Sem querer abrir mão de outras oportunidades que surgem ao longo do ano e que podem ser mais acessíveis, as pessoas trocam um sonho de realização por outro e sem um planejamento adequado os votos daquele ano ficam sendo postergados, então, para o próximo e para o próximo e para os próximos anos, até que elas se coloquem em ação e estejam determinadas a conquistá-los.
As últimas pesquisas apontam que 60% das famílias brasileiras estão endividadas e isto evidencia que as pessoas não se planejam para alcançar sonhos. As pessoas simplesmente lançam à sorte os seus sonhos e os realizam de qualquer jeito, a qualquer custo.
Sonhar é preciso, mas melhor ainda é realizá-lo de forma tranquila, sem prejuízos financeiros.
Para o ano vindouro, além de muita saúde, paz e felicidade, desejamos a todos doses extras de disciplina, entusiasmo, persistência, fé, determinação, planejamento, estratégia, sentido de realização e uma vontade inabalável de prosperar em todas as áreas de suas vidas.
Feliz 2013!

sábado, 27 de outubro de 2012

Uma equipe familiar vencedora


Quem disse que sua família não é uma equipe multidisciplinar?

Uma equipe multidisciplinar é um grupo de pessoas com conhecimentos, experiências e pensamentos diferentes que se unem para trabalhar para alcançar um objetivo comum.

Assim, quando você passar por qualquer tipo de situação, financeira ou não, reúna a equipe familiar, compartilhe a situação e lance o desafio.

Boas ideias certamente virão: os insights que surgirão ultrapassarão a barreira do óbvio.
As soluções propostas se apresentarão por caminhos até então não imaginados e, muito provavelmente, de forma bem mais rápida.

Faça da sua equipe familiar uma equipe vencedora.

Só depende de você!

Ao sucesso financeiro de sua família.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Doar é ser humano

 
 
 
"É a intenção, e não a doação, que faz o doador." ~ Gotthold Lessing


Na última curva da estrada Te-ha-tá parou e olhou para o céu. As montanhas sombrias, cobertas de neve, pareciam gigantes encanecidos que vigiavam silenciosos as fronteiras do Tibete. O sol, já perto do horizonte, retardava a sua marcha como se quisesse receber as últimas preces com que os monges imploravam a misericórdia do Senhor da Compaixão.
A sombra de um vulto surgiu, sobre uma pedra, na margem da estrada. Te-ha-tá tremeu de pavor. Em seu caminho achava-se o impiedoso Han-Ru, o Anjo da Morte, o mensageiro da dor e da desolação.

O coração tem, por vezes, o dom de pressentir a desgraça. Te-ha-tá, ao avistar o Anjo da Morte, lembrou-se de sua noiva, a formosa Li-Tsen-li. Te-ha-tá dirigiu-se, pois, sem hesitar, ao mensageiro cruel do Destino.
- Han-Ru, ó gênio desapiedado! - exclamou. Que procuras aqui, quase à sombra da casa da encantadora Li-Tsen-lí? Bem sei que a tua presença vale por uma sentença de morte.

Respondeu Han-Ru, com a paciência de um enviado do Eterno:
- A tua inquietação é legítima, meu amigo. Vim a este recanto buscar a tua noiva Li-Tsen-li. Chegou, pela determinação do Destino, o termo de sua existência neste mundo. Lí-Tsen-li vai morrer!
- Piedade, Han-Ru! Piedade! - implorou Te-ha-tá. - Ela é tão jovem, e tão prendada! Deixa viver Li-Tsen-li!
O Anjo da Morte meditou em silêncio durante alguns instantes e depois, sem erguer o rosto, disse: - Sei que tens direito a uma vida longa e tranqüila; restam-te, ainda, quarenta e seis anos de vida. Poderás ceder à tua noiva a metade do tempo que te cabe, no futuro, para viver. Li-Tsen-li ficará, portanto, com direito à metade de tua vida e viverá em tua companhia, vinte e três anos. Findo esse prazo, morrerão ambos no mesmo instante. Aceitas essa proposta?

As palavras de Han-Ru fizeram hesitar o jovem Te-ha-tá. Quem, decerto, não ficaria indeciso antes de sacrificar, cedendo a outrem, a metade da própria vida?

- A tua sugestão, Han-Ru, implica uma decisão de infinita gravidade para a minha vida. Não poderei tomar uma decisão nesse sentido, sem, previamente, consultar os meus três grandes amigos. Poderás esperar que eu ouça a opinião daqueles que sempre me auxiliaram e me orientaram na vida?

- Farei como pedes, meu amigo - respondeu o Anjo da Morte. - Até o findar da noite que vai começar, aguardarei a tua palavra final. Deverás voltar, com a tua decisão, à minha presença, antes do amanhecer.

Partiu Te-ha-tá em busca dos amigos, cujos sábios conselhos pretendia ouvir. Deveria ele como noivo sacrificar a metade da sua vida para salvar das garras da Morte a criatura amada?

O primeiro amigo de Te-ha-tá era um artista tibetano de assinalados méritos. Su-Liang sabia esculpir com admirável perfeição, na pedra ou na madeira, e os seus trabalhos eram muito apreciados.
Eis como Su-Liang, o escultor, falou a Te-ha-tá:

- A vida, meu amigo, só tem sentido quando a sua finalidade é traduzida por um grande e incomparável amor. E o amor que dispensa sacrifícios e renúncias não é amor; é a expressão grotesca de um capricho vulgar. Feliz aquele que pode demonstrar a grandeza de seu coração medindo-a pela extensão de um ingente sacrifício. Pela mulher amada deve o homem sacrificar, não apenas a metade de sua vida, mas a vida inteira! Que importa, Te-ha-tá, uma existência longa, torturada pela dor de uma incurável saudade? Preferível, mil vezes, que vivas a metade de tua vida à sombra feliz do amor delicioso de tua eleita. No teu caso eu não teria hesitado, um só instante, em aceitar a proposta do terrível Han-Ru.
O segundo amigo de Te-ha-tá chamava-se Niansi. Era hábil caçador e auferia consideráveis lucros mercadejando peles.

Ao ouvir a consulta do jovem, Nian-si não se conteve.
- É uma loucura, Te-ha-tá! Onde se viu um moço, rico e cheio de saúde, sacrificar a metade da vida por causa de uma mulher? Encontrarás, pelo mundo, milhões e milhões de mulheres lindas. Aqui mesmo (no Tibete) poderás topar, em qualquer aldeia, com centenas de meninas, algumas das quais nada ficariam a dever, julgadas pelos seus predicados de graça e beleza, à tua noiva Li-Tsen-li! Desgraçada a idéia de quereres adiar o termo da existência de uma mulher com o sacrifício de vinte e tantos anos de tua vida! E quem poderá prever o futuro? Amanhã, essa mulher, arrebatada por uma nova paixão e deslembrada do sacrifício que por ela fizeste, abandonar-te-á e irá viver, nos braços de outro, a vida que é a tua própria vida! Que farás, então, vendo-a ceder a um odiento rival os dias roubados ao rosário de tua existência?
Penso que não deverias ter hesitado ante a proposta descabida de Han-Ru, repelindo-a no mesmo instante.
A divergência entre os dois amigos mais fez crescer a indecisão e a incerteza no coração de Te-ha-ta.
- Vou ouvir - pensou o jovem - a opinião do prudente Kín-Sa. Só ele poderá indicar-me o caminho a seguir.

Kín-Sa, citado no Tibete como um estudioso das leis e dos ritos, assim falou ao apaixonado noivo:

- Se amas realmente Li-Tsen-li, acho que deves ceder, a essa jovem, a metade do tempo que te resta para viver. Convém, entretanto, impor uma condição. A parcela de vida, depois de cedida a Li-Tsen-li, poderá ser retomada por ti, em qualquer momento. Terás, assim, a tua tranqüilidade garantida no caso de uma infidelidade de tua futura esposa. Se ela, por qualquer motivo, não se mostrar digna de teu sacrifício, perderá o direito ao resto da vida que lhe cabia viver! Fora dessa condicional, qualquer outra solução para o caso não passaria de irremediável loucura!

E concluiu o seu conselho com estas palavras: - Fizeste bem em hesitar. A hesitação é irmã da Prudência. Só os loucos e temerários é que nunca hesitam.

Achou Te-ha-tá bastante prudente e razoável a proposta sugerida pelo douto Kin-Sa, e levou-a, sem perda de tempo, ao conhecimento de Han-Ru, o Enviado da Morte.
Han-Ru aceitou a condição imposta pelo noivo: - Está bem, Te-ha-tá. Aceito a tua proposta. A bondosa Li-Tsen-li vai viver os vinte e três anos. Esta parcela de vida não foi, porém, dada, mas sim "emprestada".


Passaram-se muitos meses. Li-Tsen-li casou-se com o jovem Te-ha-tá, e os dois eram citados como os esposos mais felizes do Tibete. Li-Tsen-li, depois do casamento, passou a chamar-se Ti-long-li, vocábulo que significa "minha vida querida".
Um dia, afinal, Te-ha-tá foi obrigado a fazer uma longa viagem para além das fronteiras de sua terra. Deixou Ti-long-li e seu filhinho, que já contava algumas semanas, em companhia de seus pais.
Quando regressou, tempos depois, teve a surpresa de encontrar os seus três amigos que o aguardavam na entrada da pequena povoação.

- Onde está Ti-long-li? - perguntou, ansioso, aos amigos. - Por que não veio? Estará doente? Que aconteceu à Ti-long-li ?
Disse um dos amigos:
- Enche de ânimo e de coragem o teu coração, ó Te-ha-tá ! Uma grande desgraça, há três dias, caiu sobre a tua vida!
- Desgraça? - repetiu, aflito, Te-ha-tá. - horrível esta angústia! Vamos! Quero saber a verdade! Onde está Ti-long-li?
- Morreu!
- Morreu! - gritou Te-ha-tá, desesperado. - Não é possível! Não podia morrer! Eu sacrifiquei por ela, metade de minha vida!

E Te-ha-tá, dominado pela dor e revoltado pelo infortúnio de haver perdido a sua esposa querida, entrou a blasfemar como um possesso, contra o Senhor da Compaixão. Erguia os braços para o céu; rolava, por vezes, sobre a terra. Insultava o nome do Criador. Os amigos afastaram-se, cautelosos. Era preciso deixar o infeliz Te-ha-tá dar plena expansão à indizível angústia que lhe esmagava o coração.
Em dado momento Te-ha-tá viu surgir diante de si a figura de Han-Ru, o Anjo da Morte.
- Han-Ru! - bradou, num tom de incontido rancor. - Faltaste com a tua palavra. Que fizeste de Ti-long-li?
- Escuta, Te-ha-tá - respondeu Han-Ru. - Preciso dizer-te a verdade, para que não continues a blasfemar desse modo. A tua esposa deveria viver vinte e três anos. Um dia, porém, o seu filhinho adoeceu gravemente. O pequenino ia morrer. Que fez a tua esposa? Pediu, em preces, que a sua vida fosse dada ao filhinho enfermo para que ele pudesse viver! Salvou-se o teu filho, mas tua esposa morreu!


E, ante a estupefação de Te-ha-tá, o Anjo da Morte concluiu:

- E enquanto tu, como noivo, hesitaste em ceder a metade de tua vida, ela, mãe extremosa, não hesitou um segundo em dar, pelo filhinho, a vida inteira!
Do livro Minha Vida Querida (Os segredos da alma feminina nas lendas do oriente), de MALBA TAHAN

domingo, 30 de setembro de 2012

Águia ou Galinha?


Uma equipe de ecologistas americanos propôs-se ao desafio de estudar o comportamento das águias.

Munidos de uma filmadora com lentes de longo alcance de até 500 m, decidiram escalar as montanhas do Colorado e acompanharam dali o processo de construção do ninho de uma águia, num daqueles picos gelados, bem na encosta, no ponto mais perigoso, inacessível.

A camada externa era toda de espinhos; a segunda, gravetos sem espinhos, peles de animais e capim. O interior era todo revestido de penas. Depois de concluído, tinha dois metros de profundidade e três de diâmetro. Apesar da neve cá fora, o ninho era todo quentinho, aconchegante, e totalmente protegido do vento.  

Os penhascos são os locais preferidos das águias: constroem lá seu ninho e o conservam por toda a vida. Se ele cai ou sofre depredação, a águia constrói outro no mesmo lugar. De hábitos sedentários, possuem morada própria, fixa, e não admitem intrusos no ninho.
As águias, notáveis pelo seu tamanho e vigor, são as aves mais fortes que existem.

Devido à sua imponência, ferocidade, valentia, nobreza, figuram nos emblemas e escudos das nações desde os tempos da antiga Babilônia.
Os olhos muito grandes e frontais os diferem das demais aves e lhes proporcionam uma visão ampla, panorâmica que lhe permite, lá em cima, espreitar a presa aqui em baixo. Dificilmente uma presa escapa às suas fortes garras.

Todos os animais que tem olhos frontais são caçadores. 

A águia é uma caçadora e prefere alimentar-se de animais vivos - pequenos mamíferos, aves, cobras, peixes, insetos.
Não come nada em estado de decomposição nem tampouco bebe água suja.
As possantes asas lhe permitem um voo impetuoso, porém seguro e bem direcionado. É monógama. Só aceita um único macho durante toda a vida.

É livre. 
Vive em liberdade e não aceita cativeiro. Se for presa, não come, nem bebe.

Enfrenta a fúria das tempestades; dos ventos retira a força necessária para alçar voo aos picos mais elevados. É corajosa e destemida. Essa é uma característica própria da águia – ela não se intimida diante de uma tempestade: quanto mais forte o vendaval, mais alto ela sobe.
Aproveita os redemoinhos, as intempéries, porque gosta de estar acima das nuvens.
À medida que os filhotes vão crescendo ela vai retirando primeiro as penas, depois o capim, para que os espinhos criem certo desconforto e eles deixem o ninho e alcem voo.

E a galinha?

Galinha só olha para os lados e para baixo. Nunca para o alto. Toda sua expectativa está ligada ao chão.
Galinha tem asas, mas não alça voo; tem olhos, mas são deficientes por serem laterais e, por isso, ela não consegue fixar um alvo, então só olha para o chão; tem bico, mas não ataca. Tem pés, porém não é ligeira; tem garras, mas não se defende.

O destino da galinha é ser caça. Seu mundo se resume num quintal.

Quando adoece, a galinha fica de asas caídas, dependente de socorro. Ninguém jamais viu uma águia doente; quando debilitada, reúne todas as forças que tem para se refugiar no alto. Não fica por aí à espera de piedade. Autocomiseração não combina com a águia.
Galinha morre cabisbaixa.
A águia, quando pressente a proximidade da morte, empreende o último voo, solitário e sobe o mais alto que suas forças lhe permitem, para morrer voando e cai no deserto, em alto mar ou plena selva.

Fonte: Quem é você? Águia ou Galinha (Jorge Linhares - Editora Getsêmane)


.

domingo, 2 de setembro de 2012

Crie Você a sua jornada evolutiva


Esta é uma história sobre quatro pessoas: Todos, Alguém, Qualquer Um e Ninguém

Havia um importante trabalho a ser realizado e Todos sabiam que Alguém o faria.

Qualquer Um poderia ter feito, mas Ninguém o fez.

Alguém ficou bravo porque era um trabalho de Todos.

Todos pensaram que Qualquer Um poderia tê-lo feito, mas Ninguém pensou que Todos fossem deixar de realizá-lo.

Acabou que Todos culparam Alguém, quando Ninguém fez o que Todos deveriam ter feito.

Conclusão: A forma como cada um constrói as pontes sobre as quais trilhará os caminhos de sua própria vida é responsabilidade de cada um. 
Querer achar culpados é sempre a forma mais simplista de não assumir as próprias falhas, mas o crescimento profissional e pessoal só vem àqueles que passam a ter consciência de seus próprios erros e de suas deficiências e em querer corrigí-los.

Sejamos nós mesmos a nossa própria consciência.

sábado, 1 de setembro de 2012

Entusiasmo: a Força que vem de dentro!


Imagem: Arquivo pessoal
Além do significado que pode ser entendido como um estado de grande euforia e alegria, refletindo em uma consequente coragem, a palavra "entusiasmo" vem do grego e significa literalmente:"sopro divino" e ainda “o Deus que habita dentro”.
Etimologicamente falando, também acho linda a composição da palavra Entusiasmo. Entusiasmo é composto de 2 palavras do grego en + theos, que literalmente quer dizer "em Deus". Originalmente significava inspiração ou possessão por uma entidade divina ou pela presença de Deus.

Estar Cheio de Deus

Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. Assim a pessoa entusiasmada era aquela que era possuída por um dos deuses. Ser entusiasmado é nada mais que estar CHEIO de DEUS.
Atualmente, uma pessoa entusiasmada está disposta a enfrentar dificuldades e desafios, não se deixando abater e transmitindo confiança aos demais ao seu redor. O entusiasmo pode portanto ser considerado como um estado de espírito otimista.
Mas o entusiasmo é diferente do otimismo. Otimismo significa acreditar que uma coisa vai dar certo. Talvez até torcer para que ela dê certo. Muita gente confunde otimismo com entusiasmo.
Um otimista tem pensamento positivo e acredita que uma coisa vai dar certo. Um entusiasta é aquela pessoa que acredita na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo. Entusiasmada é a pessoa que acredita em si. Acredita nos outros. Acredita na força que as pessoas têm de transformar o seu próprio mundo e a sua própria realidade.
Um otimista “espera” que a coisa de certo. Um entusiasta “trabalha” para que dê certo pois ele acredita na sua capacidade de realizar, produzir, criar, construir. 
Para tudo o que é feito na vida sempre é empregado uma dose de “emoção”, de energia, quer seja ela pequena ou quer seja ela grande. Assim no dia a dia as pessoas podem alocar entusiasmo em suas tarefas, em seus compromissos, em suas realizações e com isso promover uma grande revolução em seus resultados. Quem vive entusiasmado nos relacionamentos, no trabalho e na vida, provoca resultados muito diferentes daqueles que são apenas otimistas.

Exercício Simples

Sinta a diferença neste exercício simples realizado em 3 etapas:
  1. Vá em frente a um espelho e Diga: bom dia (com pouca emoção na sua voz).
  2. Na segunda vez, coloque um pouco mais vibração na voz ao dizer bom dia e perceba que até seus olhos irão ficar diferentes.
  3. Na Terceira etapa, dê um sorriso antes, diga bom dia com muita emoção na voz (aumentando o tom e a vibração) e perceba que seus olhos brilharam: Isto é entusiasmo. Isto é contagioso!
Pessoas entusiasmadas mudam o mundo ao seu redor. Elas ajudam os outros a construírem seus sonhos e a realizar suas metas. Você mesmo já percebeu como é diferente e gostoso estar ao lado de uma pessoa entusiasmada? Como o entusiasmo dela te afeta positivamente? O próprio ambiente muda. Isso porque quando a pessoa se entusiasma, literalmente falando, ela se “ENCHE DE DEUS”, e DEUS é essa força interior, esse ESPÍRITO lindo que mora dentro do ser humano (falando em Criacionismo) e por isso todo o ambiente muda, pois uma pessoa entusiasmada está ativando de dentro dela mesma a força que mora dentro, ou seja, o próprio DEUS.
Uma pessoa entusiasmada que está todos dias conectada com DEUS, em relacionamento íntimo e fluente, é um agente de alegria, de esperança, fé e convicção. Seja um agente do entusiasmo, Libere o DEUS que habita dentro de você para transformar o mundo ao seu redor. Diga YES e viva com alegria a vida FENOMENAL que você tem direito.

domingo, 26 de agosto de 2012

Prosperidade é uma questão de educação


Pelo dicionário, a palavra "Prosperar" tem o seguinte significado: melhorar de condição, progredir. Ir em aumento, crescer, desenvolver-se. Enriquecer.

Há quem acredite que prosperar signifique apenas ter acesso a mais dinheiro para poder consumir mais, mas "prosperar", na verdade, tem um significado muito mais profundo: pessoas prósperas são pessoas que entendem que para poder gastar mais, precisam aprender a colocar o próprio dinheiro a serviço delas, ou seja, investindo-o e usando-o de forma consciente. Indo além, pessoas prósperas não investem seu dinheiro somente para poder comprar e manter as coisas materiais adquiridas, mas investem em seu próprio desenvolvimento pessoal e, assim, prosperam mais e mais. 

Pense. Ao melhorar sua condição financeira, uma única pessoa é capaz de melhorar tudo à sua volta: ela melhora a condição financeira do comércio local onde consome, já que coloca mais dinheiro para circular; ela amplia seu crescimento pessoal, seja convivendo por entre pessoas mais sábias e cultas do que ela própria, seja investindo em sua própria educação, através de cursos e, por conta destes novos conhecimentos, passa a transmiti-los a outras pessoas; melhora a sua saúde, pois passa a ter acesso a produtos e serviços até então inacessíveis, entre outras tantas iniciativas que surgem a partir das novas oportunidades.

Por isso, não existe pecado algum em querer ser próspero, pois quando uma pessoa prospera, ela leva muitas outras pessoas a prosperarem também.

Aprenda a gerir seus recursos e prospere.

Vida longa e próspera a todos nós. 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Zona de conforto Vs zona de dinheiro

Houve outrora, na Babilônia, um pobre e modesto alfaiate chamado Enedim, homem inteligente e trabalhador, que não perdia a esperança de vir a ser riquíssimo. Como e onde, no entanto, encontrar um tesouro fabuloso e tornar-se, assim, rico e poderoso?
Um dia, parou na porta de sua humilde casa um velho mercador da Fenícia, que vendia uma infinidade de objetos extravagantes. Por curiosidade, Enedim começou a examinar as bugigangas oferecidas, quando descobriu, entre elas, uma espécie de livro de muitas folhas, onde se viam caracteres estranhos e desconhecidos. Era uma preciosidade aquele livro, afirmava o mercador, e custava apenas três dinares.
Era muito dinheiro para o pobre alfaiate, razão pela qual o mercador concordou em vender-lhe o livro por apenas dois dinares.
Logo que ficou sozinho, Enedim tratou de examinar, sem demora, o bem que havia adquirido. E qual não foi sua surpresa quando conseguiu decifrar, na primeira página, a seguinte legenda: "O segredo do tesouro de Bresa." Que tesouro seria esse? Enedim recordava vagamente de já ter ouvido qualquer referência a ele, mas não se lembrava onde, nem quando. Mais adiante decifrou: "O tesouro de Bresa, enterrado pelo gênio do mesmo nome entre as montanhas do Harbatol, foi ali esquecido, e ali se acha ainda, até que algum homem esforçado venha encontrá-lo."
Muito interessado, o esforçado tecelão dispôs-se a decifrar todas as páginas daquele livro, para apoderar-se de tão fabuloso tesouro. Mas, as primeiras páginas eram escritas em caracteres de vários povos, o que fez com que Enedim estudasse os hieróglifos egípcios, a língua dos gregos, os dialetos persas e o idioma dos judeus.
Em função disso, ao final de três anos Enedim deixava a profissão de alfaiate e passava a ser o intérprete do rei, pois não havia na região ninguém que soubesse tantos idiomas estrangeiros.
Passou a ganhar muito mais e a viver em uma confortável casa.
Continuando a ler o livro, encontrou várias páginas cheias de cálculos, números e figuras. Para entender o que lia, estudou matemática com os calculistas da cidade e, em pouco tempo, tornou-se grande conhecedor das transformações aritméticas. Graças aos novos conhecimentos, calculou, desenhou e construiu uma grande ponte sobre o rio Eufrates, o que fez com que o rei o nomeasse prefeito.
Ainda por força da leitura do livro, Enedim estudou profundamente as leis e princípios religiosos de seu país, sendo nomeado primeiro-ministro daquele reino, em decorrência de seu vasto conhecimento.
Passou a viver em suntuoso palácio e recebia visitas dos príncipes mais ricos e poderosos do mundo.
Graças ao seu trabalho e ao seu conhecimento, o reino progrediu rapidamente, trazendo riquezas e alegria para todo seu povo.
No entanto, ainda não conhecia o segredo de Bresa, apesar de ter lido e relido todas as páginas do livro.
Certa vez, então, teve a oportunidade de questionar um venerado sacerdote a respeito daquele mistério, que sorrindo esclareceu:
- O tesouro de Bresa já está em seu poder, pois graças ao livro você adquiriu grande saber, que lhe proporcionou os invejáveis bens que possui. Afinal, Bresa significa "saber"...
À medida que deixamos e expandimos nossa zona de conforto, expandimos também a nossa zona de dinheiro.
Através do estudo pode o homem conquistar tesouros inimagináveis.
O tesouro de Bresa é o saber que qualquer homem esforçado pode alcançar por meio dos bons livros que possibilitam "tesouros encantados" àqueles que se dedicam a estudar com amor e tenacidade.

" O Tesouro de Bresa" (Os melhores contos, de Malba Tahan)
Fonte:www.metaforas.com.br/metaforas/metaf20050129.asp